Carne vermelha: o ministro ressaltou que o prejuízo do mercado brasileiro é inferior aos ganhos dos países que proibiram a entrada da carne brasileira. (Johannes Simon/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 15h25.
Brasília – O ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, minimizou hoje (7) a suspensão das importações de carne bovina brasileira por dez países e disse que é “só questão de tempo” até as negociações serem finalizadas e os produtos liberados.
“Tenho esse assunto como resolvido. Temos conversado com país por país, mas temos procedimentos externos que precisam ser respeitados. Nós estamos fazendo contatos internacionais definitivos. O Brasil vai cumprir todo o mandamento que precisa ser cumprido e vai defender o que lhe pertence”, garantiu.
Mesmo sem dizer abertamente, Mendes Filho destacou a defesa do mercado interno como principal fator dos embargos à carne brasileira. “É uma ação que países adotam como defesa, para público interno, depois fazem levantamento, comprovam que o Brasil está embasado e fazem a liberação. É só uma questão de tempo, é o jogo”, comentou.
Nesse sentido, o ministro ressaltou que o prejuízo do mercado brasileiro é inferior aos ganhos dos países que proibiram a entrada da carne brasileira. “Não quero dizer se é isso ou aquilo, quero apenas dizer que eu acredito na defesa brasileira e que nós vamos fazer com que o assunto seja totalmente esclarecido a todo o mercado”, garantiu.
O embargo começou há cerca de um mês, quando foi confirmado um caso de doença conhecida como mal da vaca louca ocorrido no Paraná, em 2010, mas divulgado apenas em dezembro passado. Desde então, a importação de carne brasileira foi proibida na Arábia Saudita, Japão, China, África do Sul, Taiwan, Coreia do Sul, Jordânia, Líbano, Chile e Peru.
Especialistas ouvidos pela Agência Brasil avaliaram que o consumo da carne bovina brasileira é de risco desprezível. De acordo com eles, a proibição do uso de rações de origem animal na alimentação dos bovinos brasileiros e o fato de não haver relato de novas suspeitas do mal da vaca louca desde a morte do animal no Paraná são fatores de segurança para o consumidor.