Suspeito de fraudes na merenda escolar se entrega em SP
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), as fraudes nas contratações, feitas entre 2013 e 2015, somam R$ 7 mi
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2016 às 15h29.
São Paulo - Um dos suspeitos de envolvimento em fraudes de licitação para a compra de merenda escolar , Marcel Ferreira Júlio, que era considerado foragido, apresentou-se na Delegacia Seccional de Bebedouro, no interior paulista.
Ele é filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) Leonel Júlio, preso com mais seis pessoas, na última terça-feira (29), na segunda fase da Operação Alba Branca.
Expedidos pela 3ª Vara Judicial de Bebedouro, os mandados de prisões temporárias e de busca e apreensão em casas e empresas de pessoas suspeitas de ligação com o esquema de fraude na compra de merenda escolar envolvendo a Cooperativa Agrícola e Familiar de Bebedouro foram cumpridos nas cidades de São Paulo , Campinas , Barretos, Bebedouro e Severínia.
Nessa etapa, além de Leonel Júlio e do filho que se apresentou ontem (31), foram presos como suspeitos: Sebastião Elias Misiara Mokdici (atual presidente da União dos Vereadores de São Paulo); Emerson Girardi (vendedor da Cooperativa Agrícola e Familiar em Bebedouro); Aluísio Girardi Cardoso (suposto lobista com atuação em órgãos públicos); Joaquim Geraldo Pereira da Silva (suposto lobista que intermediava contatos da cooperativa com agentes públicos); Carlos Eduardo da Silva (sócio-diretor da cooperativa agrícola e funcionário público da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado) e Luiz Carlos da Silva Santos (vendedor da Cooperativa Agrícola e Familiar em Bebedouro).
Também foram apreendidos em casa ou empresas de suspeitos documentos e outros recursos a serem avaliados como provas.
O delegado José Eduardo Vasconcelos, encarregado do caso, está tomando o depoimento dos presos desde o início da manhã de hoje (1º). Os suspeitos estão sujeitos a responder pelos crimes de organização criminosa, fraudes em procedimentos públicos, falsidade ideológica e de documentos, além de corrupção ativa e passiva e prevaricação.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ribeirão Preto, as fraudes nas contratações, feitas entre 2013 e 2015, somam R$ 7 milhões, sendo R$ 700 mil destinados ao pagamento de propina e comissões ilícitas.
As investigações identificaram irregularidades em 20 municípios: Americana, Araras, Assis, Bauru, Caieiras, Campinas, Colômbia, Cotia, Mairinque, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Novaes, Paraíso, Paulínia, Pitangueiras, Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo, Santa Rosa de Viterbo, Santos e Valinhos.
A Cooperativa Agrícola e Familiar é suspeita de fraudar a modalidade de compra chamada pública, que pressupõe a aquisição de produtos de pequenos produtores agrícolas. Para isso, foram cadastrados mil pequenos produtores, mas apenas 30 ou 40 faziam os negócios.
Havia também operações com grandes produtores e na central de abastecimento do estado.
A Agência Brasil tentou contato com o advogado de Marcel, Luiz Fernando Pacheco, mas não teve retorno até a publicação da matéria.
São Paulo - Um dos suspeitos de envolvimento em fraudes de licitação para a compra de merenda escolar , Marcel Ferreira Júlio, que era considerado foragido, apresentou-se na Delegacia Seccional de Bebedouro, no interior paulista.
Ele é filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) Leonel Júlio, preso com mais seis pessoas, na última terça-feira (29), na segunda fase da Operação Alba Branca.
Expedidos pela 3ª Vara Judicial de Bebedouro, os mandados de prisões temporárias e de busca e apreensão em casas e empresas de pessoas suspeitas de ligação com o esquema de fraude na compra de merenda escolar envolvendo a Cooperativa Agrícola e Familiar de Bebedouro foram cumpridos nas cidades de São Paulo , Campinas , Barretos, Bebedouro e Severínia.
Nessa etapa, além de Leonel Júlio e do filho que se apresentou ontem (31), foram presos como suspeitos: Sebastião Elias Misiara Mokdici (atual presidente da União dos Vereadores de São Paulo); Emerson Girardi (vendedor da Cooperativa Agrícola e Familiar em Bebedouro); Aluísio Girardi Cardoso (suposto lobista com atuação em órgãos públicos); Joaquim Geraldo Pereira da Silva (suposto lobista que intermediava contatos da cooperativa com agentes públicos); Carlos Eduardo da Silva (sócio-diretor da cooperativa agrícola e funcionário público da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado) e Luiz Carlos da Silva Santos (vendedor da Cooperativa Agrícola e Familiar em Bebedouro).
Também foram apreendidos em casa ou empresas de suspeitos documentos e outros recursos a serem avaliados como provas.
O delegado José Eduardo Vasconcelos, encarregado do caso, está tomando o depoimento dos presos desde o início da manhã de hoje (1º). Os suspeitos estão sujeitos a responder pelos crimes de organização criminosa, fraudes em procedimentos públicos, falsidade ideológica e de documentos, além de corrupção ativa e passiva e prevaricação.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ribeirão Preto, as fraudes nas contratações, feitas entre 2013 e 2015, somam R$ 7 milhões, sendo R$ 700 mil destinados ao pagamento de propina e comissões ilícitas.
As investigações identificaram irregularidades em 20 municípios: Americana, Araras, Assis, Bauru, Caieiras, Campinas, Colômbia, Cotia, Mairinque, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Novaes, Paraíso, Paulínia, Pitangueiras, Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo, Santa Rosa de Viterbo, Santos e Valinhos.
A Cooperativa Agrícola e Familiar é suspeita de fraudar a modalidade de compra chamada pública, que pressupõe a aquisição de produtos de pequenos produtores agrícolas. Para isso, foram cadastrados mil pequenos produtores, mas apenas 30 ou 40 faziam os negócios.
Havia também operações com grandes produtores e na central de abastecimento do estado.
A Agência Brasil tentou contato com o advogado de Marcel, Luiz Fernando Pacheco, mas não teve retorno até a publicação da matéria.