Brasil

STF retoma agora à tarde julgamento sobre orçamento secreto

As legendas alegam que a falta de identificação do autor das emendas e dos beneficiários dos recursos públicos fere os princípios da transparência, da publicidade e da impessoalidade previstos na Constituição

Orçamento Secreto: A relatora da ação é a ministra Rosa Weber, atual presidente do STF (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Orçamento Secreto: A relatora da ação é a ministra Rosa Weber, atual presidente do STF (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de dezembro de 2022 às 14h49.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma agora à tarde o julgamento sobre as emendas do relator do Orçamento Geral da União, prática conhecida como orçamento secreto. O processo é fruto de ações de inconstitucionalidade movidas pelos partidos PSB, PSOL, PV e Cidadania.

As legendas alegam que a falta de identificação do autor das emendas e dos beneficiários dos recursos públicos fere os princípios da transparência, da publicidade e da impessoalidade previstos na Constituição.

LEIA TAMBÉM: Julgamento sobre orçamento secreto deve terminar amanhã, diz Alexandre de Moraes

O julgamento começou no último dia 7 de dezembro, quando houve apenas a sustentação oral das partes interessadas. Os representantes do PSOL e do PV, por exemplo, alegaram que o orçamento secreto é prática arbitrária e sem critério socioeconômico, o que configuraria, segundo as legendas, um esquema ilícito para compra de apoio político no Congresso Nacional.

Representando o Executivo, o advogado-geral da União, Bruno Bianco, considerou que a prática é questão interna do Legislativo, que os instrumentos de controle de transparência foram aperfeiçoados e que não há na Carta Magna qualquer impedimento às emendas do relator. Os advogados gerais do Senado, da Câmara e a Procuradoria-Geral da República também defenderam o orçamento secreto na última sessão.

Receba as notícias mais relevantes do Brasil e do mundo na newsletter gratuita EXAME Desperta.

A relatora da ação é a ministra Rosa Weber, atual presidente do STF. Ela é a primeira a votar o mérito da questão, podendo, ou não ser seguida pelos demais dez ministros da corte. A sessão começa às 14h.

LEIA TAMBÉM:

Acompanhe tudo sobre:CongressoOrçamento federalRosa WeberSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'

Acidente de ônibus deixa 38 mortos em Minas Gerais