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STF julga na próxima terça-feira mais um pedido de habeas corpus de Lula

Advogados de Lula sustentam que indicação de Sergio Moro para o governo Bolsonaro indica parcialidade do magistrado e que ele agiu "politicamente"

Edson Fachin: processo foi liberado para julgamento pelo ministro, que é relator do caso (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Edson Fachin: processo foi liberado para julgamento pelo ministro, que é relator do caso (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 19h31.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima terça-feira, 4, o julgamento de mais um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O processo foi liberado para julgamento pelo relator, ministro Edson Fachin. Fazem parte do colegiado os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Cármen Lúcia, Fachin e o presidente, Ricardo Lewandowski.

No habeas corpus, Os advogados de Lula argumentam que a indicação do juiz federal Sergio Moro para o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro demonstra parcialidade do magistrado e também que ele agiu "politicamente". Moro irá assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro em janeiro.

A defesa de Lula quer que seja reconhecida a suspeição de Moro para julgar processos contra o ex-presidente e que sejam considerados nulos todos os atos processuais que resultaram na condenação do petista no caso do triplex do Guarujá (SP).

Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após ter sua condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal 4ª Região (TRF4), que impôs pena de 12 anos e um mês de prisão ao ex-presidente por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Responsável pelos processos da Lava Jato na 13ª Vara Criminal de Curitiba, Sergio Moro nega qualquer irregularidade em sua conduta e diz que a decisão de participar do futuro governo Bolsonaro ocorreu por conta de seu trabalho contra a corrupção.

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