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STF diz que CBF não precisa revelar quanto paga a federações

Marco Polo Del Nero obteve mais uma vitória no Supremo Tribunal Federal contra a CPI do Futebol


	Presidente da CBF, Marco Polo Del Nero
 (Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)

Presidente da CBF, Marco Polo Del Nero (Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2015 às 22h47.

São Paulo - O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, obteve nesta terça-feira mais uma vitória no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a CPI do Futebol.

Decisão do ministro Marco Aurélio Mello desobriga a entidade de entregar aos senadores a lista dos repasses financeiros que fez às federações estaduais e aos seus dirigentes. Foi a terceira vitória da CBF na disputa judicial com a CPI. Até agora, Del Nero sofreu apenas uma derrota e teve quebrado os seus sigilos bancário e fiscal.

Na quinta-feira da semana passada, Del Nero havia entrado com um mandado de segurança no STF para não precisar responder a um requerimento feito pelos senadores Hélio José (PSD-DF) e Wellington Fagundes (PR-MT) que exigia da CBF a divulgação de toda a distribuição de dinheiro dado para as federações de janeiro de 2005 a janeiro de 2015.

Nesta terça-feira, em medida cautelar, Mello atendeu à solicitação da CBF.

Assim como nos outros pedidos, a CBF usou uma decisão favorável dada também por Marco Aurélio Mello, na semana retrasada, para justificar o seu pedido de mandado de segurança. Na liminar usada como referência pela CBF, a Justiça negou requerimento do senador Romário (PSB-RJ), presidente da CPI, e bloqueou o acesso a acordos comerciais de patrocínio, direitos de transmissão de jogos e competições, publicidade e viagens.

A outra vitória de Del Nero foi em relação ao requerimento do relator da CPI, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que pediu cópia dos acordos assinados entre a CBF e as empresas Internacional Sports Events (ISE), Uptrend Development, Plausus e Kentaro; à relação da remuneração recebida pela CBF, desde 2002, das empresas com as quais manteve contrato envolvendo comercialização de jogos da seleção brasileira; à renda obtida com bilheteria e direitos de transmissão dos jogos da seleção; e à cópia dos contratos de patrocínio com a General Motors (GM) e a Volkswagen dos últimos dez anos.

O parlamentar também queria a relação do dinheiro recebido referente à Copa do Mundo de 2014 e como esses valores foram empregados pela CBF.

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