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STF confirma para dia 17 julgamento de denúncia contra Aécio Neves

Pedido de adiamento foi feito pela defesa da irmã do senador; advogado alegou que não poderia comparecer porque teria de participar de outro julgamento

Aécio Neves: segundo denúncia, senador solicitou a Joesley Batista R$ 2 milhões em propina, em troca de sua atuação política (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)
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Agência Brasil

Publicado em 12 de abril de 2018 às 19h02.

O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), decidiu manter para a próxima terça-feira (17) o julgamento sobre o recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Aécio Neves ( PSDB -MG) em um dos inquéritos resultantes da delação do empresário Joesley Batista , do grupo J&F .

Também são alvos da mesma denúncia a irmã do senador, Andrea Neves, o primo dele, Frederico Pacheco, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), flagrado com dinheiro vivo. Todos foram acusados de corrupção passiva.

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O pedido de adiamento foi feito pela defesa de Andrea. O advogado alegou que não poderia comparecer à sessão porque teria de participar de outro julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Para o ministro Marco Aurélio, a defesa não apresentou justificativa relevante. "Nada impede que os julgamentos agendados para a data sejam ordenados, no próprio dia, de modo a possibilitar ao profissional, ante a proximidade dos Tribunais, a realização de sustentação oral em ambos", decidiu.

Segundo a denúncia, apresentada há mais de 10 meses, Aécio solicitou a Joesley Batista, em conversa gravada pela Polícia Federal (PF), R$ 2 milhões em propina, em troca de sua atuação política. O senador foi acusado pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot dos crimes de corrupção passiva e tentativa de obstruir a Justiça.

Em nota divulgada na última terça-feira, o advogado Alberto Toron, que representa Aécio Neves, disse que o senador foi "vítima de uma situação forjada, arquitetada por criminosos confessos que, sob a orientação do então procurador Marcelo Miller, buscavam firmar um acordo de delação premiada fantástico".

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