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SP vai ouvir entidades antes de regular lei antimáscaras

O governador mostrou intenção de acelerar os trâmites e pôr a lei em prática antes do prazo de seis meses

Manifestante de máscara: governo tem 180 dias para formalizar regulamentação da norma (REUTERS/Lunae Parracho)
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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 15h39.

São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) sancionou nesta sexta-feira, 29, a lei que proíbe a utilização de máscaras em manifestações no estado de São Paulo.

Ele informou que pretende ouvir associações, entidades e outros poderes antes de regulamentar a lei.

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Após a sanção, o governo tem agora 180 dias para formalizar a regulamentação da norma, especificando de que forma ela será posta em prática e como deverão agir as forças de segurança em casos de transgressão.

Alckmin mostrou intenção de acelerar os trâmites e pôr a lei em prática antes do prazo de seis meses.

O governador informou que ouvirá a sociedade civil sobre o assunto.

"Vamos ouvir a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a sociedade civil, a associação dos jornalistas para fazer uma boa regulamentação", disse. O governador reiterou o objetivo da medida.

"Entendo a lei como positiva. Tivemos manifestações legítimas, mas também vimos pessoas promovendo vandalismo e destruição de patrimônio público e privado, muitas vezes escondidas através dessas máscaras", acrescentou.

Enquanto não houver regulamentação, o comportamento da polícia permanecerá inalterado sobre o assunto nas atuais manifestações.

O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Benedito Roberto Meira, mostrou apoio à medida.

De acordo com o coronel Meira, a PM já acompanhou em 2014 cerca de 1,3 mil atos no estado.

"Em poucas delas tivemos problemas. A partir do instante que esses mascarados deixaram de participar, não registramos mais nenhum problema", disse.

Investigação

Questionado sobre o andamento de investigações de supostos abusos policiais durante os atos de junho e julho do ano passado, o secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, pediu colaboração das vítimas para acelerar as apurações.

"Precisamos da colaboração das vítimas para relatar o que de fato aconteceu e auxiliar na identificação desses policiais. Sem isso, fica muito difícil se chegar a uma conclusão", disse Grella.

De acordo com o comando da PM, há três inquéritos policial-militares em andamento para apuração da conduta de policiais.

Não foi informada a quantidade de servidores que estão sendo investigados.

O comandante Meira acrescentou que pretende apresentar pedido para regulamentar a identificação de policiais no fardamento.

A ausência dessa identificação foi alvo de reclamação por parte de manifestantes que se diziam impossibilitados de apontar o autor de supostos abusos.

"Pretendemos apresentar algo em que se coloque o nome ou o número e definir até mesmo o tamanho que isso deve ser fixado", disse.

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