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SP reduz estupros pela primeira vez no ano; homicídios têm alta na capital

Secretaria atribuiu os registros mais volumosos de estupro à campanhas que incentivam as vítimas a registrarem as ocorrências nas delegacias

São Paulo registrou queda na maior parte dos indicadores de criminalidade ao longo do mês de julho (Getty Images/Reprodução)

São Paulo registrou queda na maior parte dos indicadores de criminalidade ao longo do mês de julho (Getty Images/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de agosto de 2018 às 11h03.

São Paulo - O Estado de São Paulo registrou queda na maior parte dos indicadores de criminalidade ao longo do mês de julho, de acordo com dados divulgados na segunda-feira, 27, pela Secretaria da Segurança Pública. Homicídios (-8,9%), latrocínios (34,3%), roubos (-15,7%) e até estupros (-2,9%) tiveram redução de registros no mês passado na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os crimes de estupro vinham de altas mensais consecutivas desde outubro do ano passado. A secretaria atribuiu, ao longo do ano, os registros mais volumosos a campanhas que incentivam as vítimas a registrarem as ocorrências nas delegacias, mais do que propriamente a uma onda de criminalidade.

Somados os crimes de estupro de todo o ano até o mês de julho, na comparação com o mesmo período de 2017, ainda há alta de 13%. Na semana passada, ganharam repercussão casos de vítimas que relataram ataques dentro de uma estação de metrô e nas proximidades de outras estações.

A polícia instaurou inquérito para apurar o caso da estação Sacomã. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, "a análise das imagens mostra que, até o momento, não foi possível confirmar o crime dentro da estação". "Na tarde de hoje (segunda), a estudante foi ouvida novamente e também não confirmou o crime. As investigações continuam", acrescentou.

Homicídios

A queda dos homicídios notada no Estado não se repetiu na capital. Na cidade, o número de vítimas saltou de 49 para 67 de julho do ano passado para este ano, alta de 36% - a alta no número de casos, quando é levado em consideração a quantidade de ocorrências e não de vítimas, foi de 29%.

Essa é a segunda alta mensal no ano na capital, depois de maio ter registrado aumento de 30% no número de casos.

Outros crimes

Outros crimes registraram queda na capital, como latrocínio (-20%), roubos (-14,2%), roubos de carga (-21,8%) e estupro (-7,1%).

Tecnologia

A Secretaria da Segurança, por nota, disse estar trabalhando em políticas públicas, como "investimento em tecnologia e aperfeiçoamento do trabalho policial, fatores que auxiliaram na redução novamente em julho da taxa de homicídios dolosos", referindo-se à taxa do Estado. "É o menor índice desde o início da série histórica, com 7,05 casos para cada 100 mil habitantes."

A pasta não apresentou respostas a perguntas feitas pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre a alta dos homicídios na capital.

Sobre os estupros, a secretaria disse que vem adotando medidas para combater esse tipo de crime, e "aperfeiçoando os atendimentos e acolhimentos oferecidos para as vítimas". "Uma das ações é o Protocolo Único de Atendimento, implantado em 2017. Os policiais de São Paulo também contam, desde 2015, com o Banco de Perfis Genéticos, que até maio tinha 2.539 perfis inseridos no sistema. Além disso, há o convênio com a Secretaria de Estado da Saúde, que possibilitou o atendimento das vítimas de violência sexual no Hospital Pérola Byington, por meio do programa Bem-me-quer."

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