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Ato contra Copa tem mais policiais que manifestantes

Cerca de 2,3 mil policiais foram mobilizados para acompanhar 1,5 mil manifestantes pelas ruas de São Paulo


	Em São Paulo, policiais cercam manifestantes no centro da cidade, durante ato contra a Copa do Mundo: ato de hoje foi o terceiro
 (Victor Moriyama/Getty Images)

Em São Paulo, policiais cercam manifestantes no centro da cidade, durante ato contra a Copa do Mundo: ato de hoje foi o terceiro (Victor Moriyama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 22h48.

São Paulo - No terceiro protesto contra a Copa do Mundo, 2,3 mil policiais militares foram mobilizados, em uma megaoperação, para acompanhar 1,5 mil manifestantes pelas ruas de São Paulo. Mais uma vez, o "pelotão ninja", especializado em artes marciais, foi convocado - 200 soldados, sem identificação nas fardas, ficaram de prontidão para evitar atos de vandalismo e depredação. Mas, quando os manifestantes chegaram à Avenida Paulista, houve tumulto.

A manifestação "Não Vai Ter Copa" teve a adesão do Movimento Passe Livre (MPL). O protesto começou às 18h desta quinta-feira, 13, no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste da capital. A Avenida Faria Lima no sentido zona sul foi bloqueada. A passeata organizada por 30 coletivos começou por volta das 19h15. Sob forte escolta policial, o grupo seguiu na direção da Avenida Rebouças, onde as duas pistas foram fechadas às 19h45.

Às 21h, quando os manifestantes chegaram à Avenida Paulista, uma agência do Itaú foi depredada e uma bomba, lançada. A polícia não havia feito cerco aos manifestantes. No último protesto, no dia 22 do mês passado, 262 pessoas foram detidas e, em menos de 30 minutos de protesto, um grupo foi encurralado por PMs no centro. Ontem, três jovens foram detidos para averiguação, tiveram as bolsas revistadas e foram dispensados em seguida. Os manifestantes carregaram faixas e bandeiras e entoaram gritos contra a Copa que se misturavam a outras reivindicações, como "Brasil, vamos acordar! Um professor vale mais do que o Neymar" e "Ei, Fifa, paga minha tarifa!".

O tenente-coronel Eduardo Almeida, comandante da operação, disse que a polícia só agiria em caso de "quebra da ordem" ou se houvesse percepção de início de vandalismo. Em relação ao grande efetivo, ele disse que os advogados ativistas não souberam informar quantos manifestantes iriam ao ato nem o trajeto: "Assim eu preciso trazer efetivo que pode ser desproporcional ao tamanho da manifestação".

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