Curitiba - Subiu para seis o número de pessoas desaparecidas por causa das chuvas no Paraná.

Segundo a Defesa Civil do Estado, quatro delas na região de Guarapuava, uma das cidades mais atingidas pelas chuvas, outra em Altamira do Paraná e outra em Rebouças.

Durante a tarde, a Defesa Civil informou que 79 municípios tiveram decretado estado de emergência, sendo que 77 por decreto do governo estadual e dois por decretos municipais - São Miguel do Iguaçu e Ortigueira.

Em um novo balanço, a entidade ampliou de 86 para 101 o número de municípios atingidos pelas chuvas, que afetaram 55.659 moradores.

Além disso, as chuvas do fim de semana refletiram na vazão do Rio Iguaçu e nas Cataratas do Iguaçu e ajudaram a quebrar um recorde de três décadas.

Segundo dados divulgados pela Copel, durante a manhã foi registrado um volume de 46,3 milhões l/s - volume de água 30 vezes maior que o normal - e bateu o recorde que era de 35 milhões l/s em 1983.

Por questões de segurança, a administração do Parque Nacional do Iguaçu também suspendeu os passeios de barco e as visitas pelas passarelas; além disso, o restaurante localizado próximo ao rio também fechou por causa da subida no nível da água.

As chuvas também provocaram nove mortes no Paraná. Duas pessoas morreram em Medianeira e duas em Guarapuava, uma em Laranjeiras do Sul, uma em Campina do Simão, uma em Guaraniaçu, uma em Sulina e outra em Quedas do Iguaçu.

No sábado, um aposentado que morava na Cidade Industrial, em Curitiba, também morreu vítima da enchente que invadiu sua casa.

Nas estradas que cortam o estado, até o início da tarde existiam 51 pontos de interdição, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal.

A área mais atingida é a da rodovia BR-277, que liga o Porto de Paranaguá a Foz do Iguaçu, com dez pontos de interdição.