Só três em 100 pessoas admitem praticar corrupção no Brasil
O levantamento ouviu 3,5 mil pessoas, com o foco voltado às microcorrupções diárias
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 17h28.
Operação Lava Jato . Máfia da Merenda. Denúncia contra Neymar . Independente se ser um tema de âmbito federal, específico de São Paulo ou envolvendo um craque do futebol mundial, a corrupção não parece fazer distinções para se fazer presente.
A impressão de que ela está em todo lugar, porém, não acontece ao acaso, como mostra uma pesquisa do Instituto Data Popular.
O levantamento ouviu 3,5 mil pessoas, com o foco voltado às microcorrupções diárias.
Os resultados, publicados pela colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo, mostram que apenas 3% dos brasileiros se assumem como corruptos.
Outros 70% não chegam a tanto, mas admitem que, pelo menos uma vez na vida, tiveram alguma ‘atitude corrupta’.
O número é quase o mesmo (67%) quando se questiona a respeito de quem compra produtos piratas no País.
Mas nada é mais curioso do que a quantidade de pessoas que não admitem determinada atitude corrupta, mas admitem conhecer alguém que a cometeu.
Quer um exemplo? Deixar de devolver a diferença na hora do troco foi admitida por 21%, ao passo que outros 46% juram que nunca tiveram essa atitude, embora conheçam alguém que já o fez no País.
Pagar propina a um policial ou agente de fiscalização só foi admitida por 7%, contra os 19% que garantem conhecer alguém que subornou um servidor público.
Crimes contra o Fisco só foram admitidos por 1%, ante os 15% que não escondem conhecer alguém que lance mão de ‘malandragens’ para ocultar gastos e patrimônio, a fim de não pagar tributos à Receita Federal.
A noção que os números apresentam – “o corrupto é sempre o outro, não eu”– mostra um outro lado do brasileiro, de acordo com o presidente do Data Popular,Renato Meirelles.
“(O brasileiro) se acha isento nas pequenas corrupções de que se beneficia e critica as grandes, nas quais se acha lesado”, comentou.
Ao jornal, Meirelles avaliou ainda que essa realidade, endêmica e enraizada na sociedade brasileira, só vai mudar quando se buscar o investimento naquilo que pode mudar culturalmente problemas sociais: a educação.
Operação Lava Jato . Máfia da Merenda. Denúncia contra Neymar . Independente se ser um tema de âmbito federal, específico de São Paulo ou envolvendo um craque do futebol mundial, a corrupção não parece fazer distinções para se fazer presente.
A impressão de que ela está em todo lugar, porém, não acontece ao acaso, como mostra uma pesquisa do Instituto Data Popular.
O levantamento ouviu 3,5 mil pessoas, com o foco voltado às microcorrupções diárias.
Os resultados, publicados pela colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo, mostram que apenas 3% dos brasileiros se assumem como corruptos.
Outros 70% não chegam a tanto, mas admitem que, pelo menos uma vez na vida, tiveram alguma ‘atitude corrupta’.
O número é quase o mesmo (67%) quando se questiona a respeito de quem compra produtos piratas no País.
Mas nada é mais curioso do que a quantidade de pessoas que não admitem determinada atitude corrupta, mas admitem conhecer alguém que a cometeu.
Quer um exemplo? Deixar de devolver a diferença na hora do troco foi admitida por 21%, ao passo que outros 46% juram que nunca tiveram essa atitude, embora conheçam alguém que já o fez no País.
Pagar propina a um policial ou agente de fiscalização só foi admitida por 7%, contra os 19% que garantem conhecer alguém que subornou um servidor público.
Crimes contra o Fisco só foram admitidos por 1%, ante os 15% que não escondem conhecer alguém que lance mão de ‘malandragens’ para ocultar gastos e patrimônio, a fim de não pagar tributos à Receita Federal.
A noção que os números apresentam – “o corrupto é sempre o outro, não eu”– mostra um outro lado do brasileiro, de acordo com o presidente do Data Popular,Renato Meirelles.
“(O brasileiro) se acha isento nas pequenas corrupções de que se beneficia e critica as grandes, nas quais se acha lesado”, comentou.
Ao jornal, Meirelles avaliou ainda que essa realidade, endêmica e enraizada na sociedade brasileira, só vai mudar quando se buscar o investimento naquilo que pode mudar culturalmente problemas sociais: a educação.