Skornicki confirma pagamento a Mônica Moura em ação no TSE
Skornicki atuava como representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, que tinha contratos com a Petrobras
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2016 às 19h10.
Em depoimento ao corregedor-geral eleitoral, ministro Herman Benjamin, o engenheiro Zwi Skornicki confirmou ter feito pagamento de US$ 4,5 milhões a Mônica Moura, mulher do publicitário João Santana , a pedido de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.
Skornicki foi ouvido pelo corregedor em ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ). Skornicki atuava como representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, que tinha contratos com a Petrobras.
A ação foi movida pelo PSDB que pede a cassação da chapa vencedora da eleição presidencial de 2014, formada por Dilma Rousseff e Michel Temer. Na ação, o partido alega que há irregularidades fiscais na campanha de 2014, relacionadas a doações de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.
Skornicki prestou depoimento no dia 16 de setembro e o conteúdo foi tornado público ontem (6) pelo TSE. Segundo o empresário, o pagamento a Mônica Moura foi feito por meio de uma conta no exterior. O engenheiro contou que o repasse ocorreu depois de uma conversa com Vaccari.
“Foi objeto de conversa com o Vaccari, que me disse que a senhora Mônica Moura iria me procurar e que eu deveria pagar a ela US$ 5 milhões de dólares. Não me disse se era para essa campanha [de 2014] ou campanhas anteriores ou campanhas futuras, ou débito, nem nada, simplesmente disse: - Eu tenho uma conta corrente com o senhor – ele falava comigo – e dessa conta corrente, me faça o favor, pague 5 milhões de dólares a Mônica Moura”, afirmou o empresário no depoimento. Dos US$ 5 milhões solicitados, Skornicki disse que pagou US$ 4,5 milhões divididos em nove parcelas.
O engenheiro disse ainda que nem Vaccari e nem Mônica Moura falaram para que o dinheiro seria usado. O pagamento foi feito entre 2013 e 2014.
Durante o depoimento, Zwi Skornicki foi perguntado se em algum momento houve uma “previsão de ameaça” caso os pagamentos não fossem feitos.
“Cara a cara, nunca houve nenhuma, mas o senhor sentia subliminarmente que, realmente, existia alguma coisa por trás, que se não participasse, alguém, outro faria o gol no meu lugar. Quer dizer, no lugar da Keppel.”
Em um outro trecho do depoimento, o engenheiro disse que os pagamentos eram uma espécie de “seguro de carro”. “E o que o senhor Vaccari propiciava, então, era uma espécie de proteção à sua empresa? Seria isso?”, perguntou o ministro Hermam Benjamin.
“É. Ele se colocava como ‘o senhor me ajuda, e se precisar. lá na frente, posso lhe ajudar’ – mas nunca ajudou”, respondeu Zwi Skornicki, que completou: “É como se o senhor fizesse um seguro de carro: o senhor não quer nunca usar, mas paga. Basicamente era dessa forma”.
Em julho deste ano, em depoimento prestado ao juiz federal Sérgio Moro, Mônica Moura admitiu que ela e o marido receberam os US$ 4,5 milhões de caixa 2 no exterior, referentes a uma dívida da campanha presidencial do PT nas eleições de 2010.
O empresário Zwi Skornicki, é réu nas investigações da Operação Lava Jato. Ele foi preso em fevereiro na 23ª fase da operação, chamada de Acarajé, e foi liberado em agosto após ter assinado acordo de delação premiada.
A Agência Brasil ainda não conseguiu contato com o PT e com a defesa de João Vaccari.
Em depoimento ao corregedor-geral eleitoral, ministro Herman Benjamin, o engenheiro Zwi Skornicki confirmou ter feito pagamento de US$ 4,5 milhões a Mônica Moura, mulher do publicitário João Santana , a pedido de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.
Skornicki foi ouvido pelo corregedor em ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ). Skornicki atuava como representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, que tinha contratos com a Petrobras.
A ação foi movida pelo PSDB que pede a cassação da chapa vencedora da eleição presidencial de 2014, formada por Dilma Rousseff e Michel Temer. Na ação, o partido alega que há irregularidades fiscais na campanha de 2014, relacionadas a doações de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.
Skornicki prestou depoimento no dia 16 de setembro e o conteúdo foi tornado público ontem (6) pelo TSE. Segundo o empresário, o pagamento a Mônica Moura foi feito por meio de uma conta no exterior. O engenheiro contou que o repasse ocorreu depois de uma conversa com Vaccari.
“Foi objeto de conversa com o Vaccari, que me disse que a senhora Mônica Moura iria me procurar e que eu deveria pagar a ela US$ 5 milhões de dólares. Não me disse se era para essa campanha [de 2014] ou campanhas anteriores ou campanhas futuras, ou débito, nem nada, simplesmente disse: - Eu tenho uma conta corrente com o senhor – ele falava comigo – e dessa conta corrente, me faça o favor, pague 5 milhões de dólares a Mônica Moura”, afirmou o empresário no depoimento. Dos US$ 5 milhões solicitados, Skornicki disse que pagou US$ 4,5 milhões divididos em nove parcelas.
O engenheiro disse ainda que nem Vaccari e nem Mônica Moura falaram para que o dinheiro seria usado. O pagamento foi feito entre 2013 e 2014.
Durante o depoimento, Zwi Skornicki foi perguntado se em algum momento houve uma “previsão de ameaça” caso os pagamentos não fossem feitos.
“Cara a cara, nunca houve nenhuma, mas o senhor sentia subliminarmente que, realmente, existia alguma coisa por trás, que se não participasse, alguém, outro faria o gol no meu lugar. Quer dizer, no lugar da Keppel.”
Em um outro trecho do depoimento, o engenheiro disse que os pagamentos eram uma espécie de “seguro de carro”. “E o que o senhor Vaccari propiciava, então, era uma espécie de proteção à sua empresa? Seria isso?”, perguntou o ministro Hermam Benjamin.
“É. Ele se colocava como ‘o senhor me ajuda, e se precisar. lá na frente, posso lhe ajudar’ – mas nunca ajudou”, respondeu Zwi Skornicki, que completou: “É como se o senhor fizesse um seguro de carro: o senhor não quer nunca usar, mas paga. Basicamente era dessa forma”.
Em julho deste ano, em depoimento prestado ao juiz federal Sérgio Moro, Mônica Moura admitiu que ela e o marido receberam os US$ 4,5 milhões de caixa 2 no exterior, referentes a uma dívida da campanha presidencial do PT nas eleições de 2010.
O empresário Zwi Skornicki, é réu nas investigações da Operação Lava Jato. Ele foi preso em fevereiro na 23ª fase da operação, chamada de Acarajé, e foi liberado em agosto após ter assinado acordo de delação premiada.
A Agência Brasil ainda não conseguiu contato com o PT e com a defesa de João Vaccari.