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Skaf promete passe livre e escola em tempo integral

Candidato do PMDB para o governo de São Paulo participou da série "Entrevistas Estadão"

Paulo Skaf participa da série Entrevistas Estadão, no Jornal O Estado de S. Paulo (Ayrton Vignola/Skaf Oficial/Divulgação via Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 20h52.

São Paulo - O candidato ao governo paulista pelo PMDB , Paulo Skaf, prometeu implementar, se eleito, escola estadual em tempo integral e tornar gratuito o transporte sob responsabilidade do Estado para estudantes.

"Vamos implantar em todas as escolas do Estado de São Paulo o ensino fundamental em tempo integral a partir de 2016, de forma gradativa. E durante o segundo e terceiro ano do ensino médio, meio período, com um período de curso técnico nas Etecs, a exemplo que fiz no Sesi e no Senai de São Paulo", afirmou, após participar nesta sexta-feira da série "Entrevistas Estadão".

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O candidato afirmou que, para a medida alcançar toda a rede estadual, serão necessários nove anos.

"São nove anos de ensino fundamental. Temos nove anos para criar, construir e adaptar toda a infraestrutura", afirmou, destacando que a medida será feita "de forma responsável". Pelos cálculos do peemedebista, o investimento neste projeto seria em média de R$ 1 bilhão.

"Você tem dois custos, o de infraestrutura, que será ao longo de 9 anos. E tem o custeio, mas as contas permitem isso", afirmou. "É um investimento que vai ao longo de nove anos. Um investimento acima de R$ 1 bilhão em média", explicou.

Segundo Skaf, o custeio com a medida vai crescer também de forma gradativa. "No início seriam 120 mil alunos por ano e depois, no sexto ano, é que passam para 400 mil", disse.

"Mas há como adaptar o orçamento sem problemas", garantiu. O peemedebista defendeu ainda o passe livre para estudantes e garantiu que, se eleito, todo o transporte, que é de responsabilidade do Estado, será gratuito.

"Vamos criar todas as condições para que os jovens possam estudar e uma das decisões é o passe livre", afirmou. Questionado sobre o prazo em que a medida seria estabelecida, Skaf afirmou que "a partir de 2016 ou até antes".

Metrô

Ele também disse que não pretende aumentar tarifas de metrô ou taxas de impostos. "Minha intenção não é aumentar taxas, nem tarifas, nem impostos, muito pelo contrario, é simplificar a vida das pessoas".

O candidato afirmou ser, porém, favorável a correções de preços. "Minha preocupação é atualizar (preços) se for necessário", afirmou.

Skaf disse também não ser favorável ao conceito de subsídio, mas entende que algum incentivo do governo é necessário para que o metrô possa existir.

Segundo ele, o metrô poderia ter mais receita a partir de publicidade nos trens e nas plataformas, algo que já é feito em outras cidades do mundo. "A diferença a gente pode cobrir com PPP", afirmou, referindo-se a Parcerias Público-Privadas.

Questionado sobre a suspeita de cartel no fornecimento de equipamentos e serviços para a rede de trens e metrô paulista, Skaf disse que não está na campanha para "julgar" o governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas que o governo tem que estar atento aos gastos públicos.

"O governo tem que perceber quando está pagando algo mais caro. Em nosso governo, não vamos dar espaço a nenhum tipo de cartel, nenhum tipo de corrupção, de forma nenhuma."

Segurança pública

Sobre o sistema penitenciário, Skaf defendeu a gestão privada de presídios. "Estamos estudando modelos muito bons de Londres e de Madri."

Segundo ele, há cerca de 200 mil presos no Estado, mas a capacidade é de apenas 120 mil. E criticou a ausência de sistema de bloqueio de sinal de celular nestes locais.

Em sua participação no "Entrevistas Estadão", o governador Geraldo Alckmin disse que seis presídios contavam com o sistema. "Levar dez anos para bloquear seis presídios, de 78, eu não entendo. Isso é muito ruim."

Para Skaf, a situação hoje do Estado é de "guerra civil". Para melhorar a segurança, ele pretende, se eleito, ter uma sala de situação ligada diretamente ao gabinete de governador, uma central de inteligência e corregedoria geral para a área de segurança.

Perguntado sobre contar em sua equipe com Antônio Ferreira Pinto, que foi secretário de Segurança Pública de Alckmin, o peemedebista disse que não se deve "fulanizar". "O responsável pela segurança pública é o governador".

Skaf foi o quinto candidato ao governo do Estado de São Paulo a participar da série de entrevistas promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta semana.

Participaram também os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB), Alexandre Padilha (PT), Gilberto Maringoni (PSOL) e Gilberto Natalini (PV).

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