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SIP condena agressões contra 17 jornalistas no Brasil

Jornalistas foram agredidos enquanto cobriam as manifestações contra a realização da Copa


	Jornalista da CNN foi ferida durante protesto em São Paulo, no dia da abertura da Copa
 (Reuters)

Jornalista da CNN foi ferida durante protesto em São Paulo, no dia da abertura da Copa (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 06h42.

Miami - A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou nesta quinta-feira a agressão contra, pelo menos, 17 jornalistas durante a Copa do Mundo, e pediu que as autoridades esclareçam estes 'atos de violência' e se mantenham atentas.

A SIP, com sede em Miami, ressaltou que, entre os dias 12 e 18 de junho, jornalistas foram agredidos enquanto cobriam as manifestações contra a realização do campeonato no país.

'Preocupa-nos que enquanto estejam no cumprimento de seu ofício, dezenas de jornalistas fiquem feridos e limitados em seu trabalho, na maioria dos casos por forças de segurança', assinalou o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, Claudio Paolillo.

Segundo dados da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI), em 15 casos de agressão contra jornalistas a Polícia Militar esteve envolvida por uso excessivo de força. A ABRAJI assinalou que desde o início dos protestos, em maio de 2013, foram reportados 190 atos de violência contra jornalistas.

De acordo à SIP, as agressões foram contra profissionais brasileiros e estrangeiros, de veículos de comunicação do Brasil e de agências internacionais, nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Fortaleza.

Paolillo, que também é diretor da revista uruguaia 'Búsqueda', lamentou que atos de agressão continuem acontecendo, 'apesar das distintas medidas adotadas por organizações de imprensa para garantir a segurança dos jornalistas e declarações oficiais que ratificam o princípio de não violência contra a imprensa'.

Pouco antes do início da Copa do Mundo, várias organizações de imprensa do Brasil emitiram um manual para jornalistas com recomendações relacionadas à segurança e proteção durante a cobertura de protestos.

Em fevereiro, a SIP pediu que a imprensa brasileira adotasse 'mais medidas para a proteção dos jornalistas', após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão enquanto cobria protestos no Rio de Janeiro pelo aumento das passagens de ônibus.

Naquela época, a SIP lembrou que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República criou em 2012 o Grupo de Trabalho Direitos Humanos dos Profissionais de Comunicação no Brasil para prevenir assassinatos de jornalistas e acabar com a impunidade. EFE

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