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Sindicatos de caminhoneiros tratam da greve com governo

A CNTA é contra a greve dos caminhoneiros, organizada por outro sindicato, o Movimento União Brasil Caminhoneiros (MUBC)

Caminhões: a legislação que entrou em vigor ontem, determina que haja descanso ininterrupto de 11 horas a cada dois dias trabalhados para motoristas de caminhão (Douglas McFadd/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 17h57.

Brasília - O governo federal pediu prazo até 8 de agosto para apresentar uma resposta às reivindicações dos caminhoneiros autônomos, mas condicionou as negociações ao fim do bloqueio de rodovias que já dura sete dias em vários pontos do país.

A informação é do presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Costa, que se reuniu hoje (31) com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.

A CNTA é contra a greve dos caminhoneiros, organizada por outro sindicato, o Movimento União Brasil Caminhoneiros (MUBC). Os representantes da CNTA afirmam que há interesses patronais por trás da paralisação.

De acordo com o presidente da CNTA, o governo entende que o bloqueio das estradas tem que ser suspenso inclusive por representar perigo para os motoristas de caminhão e a população em geral. O ministro Paulo Sérgio Passos começou uma reunião com representantes do MUBC logo após falar com o CNTA. O encontro ainda não havia terminado até o fechamento desta matéria.

"A posição [do governo] é que há necessidade de desocupação das estradas, porque já houve morte", declarou o presidente da CNTA. Segundo ele, foram registradas três mortes de caminhoneiros desde o início dos protestos. Duas mortes foram por atropelamento e uma causada por uma pedrada contra um caminhão, que acabou atingindo o motorista.

Os representantes da CNTA e da MUBC têm pelo menos uma reivindicação em comum. As duas entidades querem maior prazo para a implementação da Lei n° 12.619. A legislação que entrou em vigor ontem, determina que haja descanso ininterrupto de 11 horas a cada dois dias trabalhados para motoristas de caminhão.

Os dois sindicatos argumentam, no entanto, que as rodovias brasileiras não têm infraestrutura adequada para que os caminhoneiros cumpram a norma. Na ocasião da aprovação da lei, a presidenta Dilma Rousseff vetou o artigo que previa a construção de postos de descanso.

Além de maior prazo para cumprir a lei, os caminhoneiros querem a revisão de resoluções da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que, segundo eles, prejudicam a categoria. O MUBC defende a revogação de oito itens presentes em duas resoluções. Já o presidente da CNTA disse que a saída não é destruir o arcabouço legal existente, e sim "aparar as arestas".

Antes de entrar na reunião com o ministro dos Transportes, o presidente do MUBC, Nélio Botelho, negou que haja intervenção patronal na greve. "Não existem entidades envolvidas nessa manifestação. Surgiu do próprio trabalhador". Botelho disse ainda que o movimento quer a "revogação imediata" dos itens que considera prejudiciais e que espera ter uma resposta do Ministério dos Transportes ainda hoje.

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Brasília - O governo federal pediu prazo até 8 de agosto para apresentar uma resposta às reivindicações dos caminhoneiros autônomos, mas condicionou as negociações ao fim do bloqueio de rodovias que já dura sete dias em vários pontos do país.

A informação é do presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Costa, que se reuniu hoje (31) com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.

A CNTA é contra a greve dos caminhoneiros, organizada por outro sindicato, o Movimento União Brasil Caminhoneiros (MUBC). Os representantes da CNTA afirmam que há interesses patronais por trás da paralisação.

De acordo com o presidente da CNTA, o governo entende que o bloqueio das estradas tem que ser suspenso inclusive por representar perigo para os motoristas de caminhão e a população em geral. O ministro Paulo Sérgio Passos começou uma reunião com representantes do MUBC logo após falar com o CNTA. O encontro ainda não havia terminado até o fechamento desta matéria.

"A posição [do governo] é que há necessidade de desocupação das estradas, porque já houve morte", declarou o presidente da CNTA. Segundo ele, foram registradas três mortes de caminhoneiros desde o início dos protestos. Duas mortes foram por atropelamento e uma causada por uma pedrada contra um caminhão, que acabou atingindo o motorista.

Os representantes da CNTA e da MUBC têm pelo menos uma reivindicação em comum. As duas entidades querem maior prazo para a implementação da Lei n° 12.619. A legislação que entrou em vigor ontem, determina que haja descanso ininterrupto de 11 horas a cada dois dias trabalhados para motoristas de caminhão.

Os dois sindicatos argumentam, no entanto, que as rodovias brasileiras não têm infraestrutura adequada para que os caminhoneiros cumpram a norma. Na ocasião da aprovação da lei, a presidenta Dilma Rousseff vetou o artigo que previa a construção de postos de descanso.

Além de maior prazo para cumprir a lei, os caminhoneiros querem a revisão de resoluções da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que, segundo eles, prejudicam a categoria. O MUBC defende a revogação de oito itens presentes em duas resoluções. Já o presidente da CNTA disse que a saída não é destruir o arcabouço legal existente, e sim "aparar as arestas".

Antes de entrar na reunião com o ministro dos Transportes, o presidente do MUBC, Nélio Botelho, negou que haja intervenção patronal na greve. "Não existem entidades envolvidas nessa manifestação. Surgiu do próprio trabalhador". Botelho disse ainda que o movimento quer a "revogação imediata" dos itens que considera prejudiciais e que espera ter uma resposta do Ministério dos Transportes ainda hoje.

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