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Sinalizador, pânico e portas fechadas estão entre as causas

Incêndio em boate no Rio Grande do Sul é um dos maiores do tipo já registrado no país

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2013 às 13h12.

Santa Maria - O uso de um sinalizador pirotécnico dentro de um local fechado, o pânico provocado pela rápida expansão da fumaça e as portas fechadas pelos vigilantes figuram entre as causas da tragédia que deixou neste domingo pelo menos 245 mortos e 48 feridos em uma discoteca em Santa Maria, no Rio Grande do Sul , segundo diversas fontes.

A tragédia, uma das maiores do tipo já registrada no país, ocorreu quando um número ainda indeterminado de pessoas, a maioria estudantes, estava na boate Kiss para participar de uma festa com a apresentação de bandas.

O incêndio começou por volta das 2h30 quando foi aceso no palco uma espécie de sinalizador pirotécnico. As faíscas do material atingiram a espuma utilizada como isolante acústico no teto do estabelecimento.

'Tudo começou porque utilizaram artefatos pirotécnicos em um local fechado. Isso gerou um incêndio e uma fumaça muito tóxica que se expandiu rapidamente', explicou o comandante do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido de Melo.

'O uso de um equipamento não permitido terminou provocando a tragédia', acrescentou o oficial, que informou que o alvará de funcionamento da discoteca estava vencido.

Segundo Ingrid Goldani, uma das empregadas da discoteca Kiss, a fumaça cobriu todo o local em cerca de três minutos.


'Os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que tocavam no momento e acenderam o produto que provoca as faíscas, tentaram inicialmente apagar as chamas com água e depois com um extintor. Não sei se não conseguiram manipular o extintor, mas o fogo e a fumaça se expandiram rapidamente', disse.

Nesse momento, as luzes se apagaram e tudo ficou escuro, relatou o cantor Valterson Wotrich, conhecido como 'Pimenta' e vocalista da primeira banda a se apresentar.

As chamas e a fumaça provocaram pânico entre as pessoas que estavam na discoteca, pelo menos mil segundo algumas fontes, e uma fuga desordenada em direção às portas de saída, onde muitos morreram pisoteados.

'Recebemos a informação de pessoas que estavam no lugar de que os seguranças da discoteca inicialmente fecharam as portas e não permitiram uma rápida evacuação. Isso provocou ainda mais pânico e tumulto', segundo o comandante do Corpo de Bombeiros.

Segundo as testemunhas, os seguranças aparentemente não sabiam o que tinha ocorrido e queriam impedir que os estudantes saíssem da discoteca sem pagar a conta.

A dificuldade na evacuação e a quantidade de pessoas correndo em direção à saída causaram várias mortes por asfixia.

Muitas pessoas também correram para o banheiro, achando que se tratava da saída. Segundo o capitão Edi Paulo Garcia, da Brigada Militar, a maioria dos corpos foi encontrado amontoado e sem queimaduras.

'A maioria terminou morrendo por asfixia, pela inalação dos gases tóxicos, e muito poucos por queimaduras. O que provocou a tragédia foram o uso de um produto não autorizado, o pânico, a inalação de fumaça tóxica e a porta fechada', segundo De Melo. EFE

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Santa Maria - O uso de um sinalizador pirotécnico dentro de um local fechado, o pânico provocado pela rápida expansão da fumaça e as portas fechadas pelos vigilantes figuram entre as causas da tragédia que deixou neste domingo pelo menos 245 mortos e 48 feridos em uma discoteca em Santa Maria, no Rio Grande do Sul , segundo diversas fontes.

A tragédia, uma das maiores do tipo já registrada no país, ocorreu quando um número ainda indeterminado de pessoas, a maioria estudantes, estava na boate Kiss para participar de uma festa com a apresentação de bandas.

O incêndio começou por volta das 2h30 quando foi aceso no palco uma espécie de sinalizador pirotécnico. As faíscas do material atingiram a espuma utilizada como isolante acústico no teto do estabelecimento.

'Tudo começou porque utilizaram artefatos pirotécnicos em um local fechado. Isso gerou um incêndio e uma fumaça muito tóxica que se expandiu rapidamente', explicou o comandante do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido de Melo.

'O uso de um equipamento não permitido terminou provocando a tragédia', acrescentou o oficial, que informou que o alvará de funcionamento da discoteca estava vencido.

Segundo Ingrid Goldani, uma das empregadas da discoteca Kiss, a fumaça cobriu todo o local em cerca de três minutos.


'Os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que tocavam no momento e acenderam o produto que provoca as faíscas, tentaram inicialmente apagar as chamas com água e depois com um extintor. Não sei se não conseguiram manipular o extintor, mas o fogo e a fumaça se expandiram rapidamente', disse.

Nesse momento, as luzes se apagaram e tudo ficou escuro, relatou o cantor Valterson Wotrich, conhecido como 'Pimenta' e vocalista da primeira banda a se apresentar.

As chamas e a fumaça provocaram pânico entre as pessoas que estavam na discoteca, pelo menos mil segundo algumas fontes, e uma fuga desordenada em direção às portas de saída, onde muitos morreram pisoteados.

'Recebemos a informação de pessoas que estavam no lugar de que os seguranças da discoteca inicialmente fecharam as portas e não permitiram uma rápida evacuação. Isso provocou ainda mais pânico e tumulto', segundo o comandante do Corpo de Bombeiros.

Segundo as testemunhas, os seguranças aparentemente não sabiam o que tinha ocorrido e queriam impedir que os estudantes saíssem da discoteca sem pagar a conta.

A dificuldade na evacuação e a quantidade de pessoas correndo em direção à saída causaram várias mortes por asfixia.

Muitas pessoas também correram para o banheiro, achando que se tratava da saída. Segundo o capitão Edi Paulo Garcia, da Brigada Militar, a maioria dos corpos foi encontrado amontoado e sem queimaduras.

'A maioria terminou morrendo por asfixia, pela inalação dos gases tóxicos, e muito poucos por queimaduras. O que provocou a tragédia foram o uso de um produto não autorizado, o pânico, a inalação de fumaça tóxica e a porta fechada', segundo De Melo. EFE

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