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Silvinho do PT diz à PF que recebeu legalmente por campanhas

Ex-secretário geral do partido disse à Polícia Federal que dinheiro investigado na Lava Jato teve origem legal


	Silvio Pereira: ex-secretário geral do PT foi preso na última sexta-feira durante a Carbono 14, fase número 27 da Lava Jato.
 (Evaristo Sá / AFP)

Silvio Pereira: ex-secretário geral do PT foi preso na última sexta-feira durante a Carbono 14, fase número 27 da Lava Jato. (Evaristo Sá / AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2016 às 10h44.

São Paulo - O ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira afirmou à Polícia Federal que o dinheiro recebido por ele, e investigado pela Operação Lava Jato, foi por serviços prestados à campanhas eleitorais, como contratação de motoristas.

Silvinho do PT, como é conhecido o ex-secretário, foi preso na Carbono 14, fase número 27 da Lava Jato, com o empresário Ronan Maria Pinto.

Ambos terão suas custódias avaliadas nesta terça-feira, 5. O juiz federal Sérgio Moro decide hoje se prorroga as prisões ou solta os investigados.

"O dinheiro que ele recebeu de duas empreiteiras foi de pouca monta", afirmou o criminalista Luis Alexandre Rassi, defensor de Silvinho, após seu depoimento.

O alvo da Operação Carbono 14 foi ouvido nesta segunda-feira, 4, em Curitiba, onde está preso desde sexta-feira, dia 1º.

Silvinho, como é conhecido o ex-secretário do PT, não reconheceu parte dos pagamentos identificados pela Lava Jato, afirmou a defesa, e refutou o suposto repasse de uma "mesada" recebida do esquema de corrupção na Petrobrás.

Sílvio Pereira também negou participação na negociação de repasse de R$ 6 milhões a Ronan Maria Pinto, em 2004. Empresário do setor de transporte público em Santo André, cidade do ABC paulista, o alvo da Carbono 14 teria recebido dinheiro desviado da Petrobras pelo PT.

O dinheiro foi retirado via empréstimo fraudulento feito pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Banco Schahin - um total de R$ 12 milhões.

Depois, metade do montante repassado para Ronan por meio de operação de lavagem de dinheiro, segundo o procurador da República Diogo Castor de Matos, da força-tarefa da Lava Jato.

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