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Siemens pode ser impedida de ter contratos com governo de SP

Em depoimento na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o presidente do Metrô, Luiz Antonio Pacheco, confirmou a existência do cartel


	Siemens: segundo presidente do Metrô, este mantém hoje quatro contratos em andamento com a Siemens que estão sob investigação
 (Guenter Schiffmann/Bloomberg)

Siemens: segundo presidente do Metrô, este mantém hoje quatro contratos em andamento com a Siemens que estão sob investigação (Guenter Schiffmann/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 19h03.

São Paulo – A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo abriu investigação interna para apurar as denúncias de irregularidades na licitação em obras na Linha 2 -Verde do Metrô paulistano. Caso as suspeitas seja confirmadas, a empresa alemã Siemens poderá ser considerada inidônea e impedida de firmar contratos com o governo estadual.

Segundo o órgão, a sindicância foi instaurada com base nas declarações de executivos da Siemens que admitiram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ter participado de um cartel para fraudar as concorrências do transporte público no estado.

As informações foram repassadas em um acordo de leniência, em que, ao denunciar a combinação de preços entre as companhias participantes do esquema, a empresa poderá ter as punições atenuadas.

Em depoimento na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o presidente do Metrô, Luiz Antonio Pacheco, confirmou a existência do cartel. “No contrato específico da Linha 2-Verde, as empresas que perderam os contratos foram subcontratadas. Isso é público”, disse.

Segundo Pacheco, a companhia mantém hoje quatro contratos em andamento com a Siemens que estão sob investigação. Um deles, que se refere a uma licitação de sistema de sinalização de trens e controle de alimentação elétrica para a Linha 2-Verde do Metrô, está sendo investigado pelo Cade.

O contrato, de acordo com o presidente do Metrô, foi homologado em abril de 2005, com valor inicial de R$ 143,6 milhões. No entanto, foram feitos aditivos para aumentar o prazo e também para acréscimo no valor do contrato em cerca de R$ 18 milhões.

Na semana passada, o presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Manuel Bandeira, também depôs na Alesp. Ele evitou reconhecer a existência de um cartel entre as empresas que participaram de licitações da companhia.

Na próxima terça-feira (24) o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, deverá prestar esclarecimentos na assembleia.

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