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Servidores do Rio protestam na Alerj contra privatização da Cedae

Apesar de a votação do projeto de lei que privatiza a Companhia Estadual de Águas e Esgoto ter sido adiada, o protesto foi mantido

Alerj: a venda da Cedae é condição da União para assinar o plano de recuperação (Agência Brasil)

Alerj: a venda da Cedae é condição da União para assinar o plano de recuperação (Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 13h38.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2017 às 15h45.

O Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) realizou mais uma manifestação na manhã de hoje (14) em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) contrária à privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae).

Apesar de a votação do projeto de lei que privatiza a Cedae ter sido adiada, o protesto foi mantido. Os manifestantes fecharam a via principal em frente à assembleia.

Segundo o trabalhador da Cedae Walter Veríssimo, os funcionários não apoiam a privatização e defendem que a companhia tem um aspecto social relevante.

"Os trabalhadores da Cedae são conscientes do papel social que desempenham para o povo fluminense. A quem interessa essa privatização? Essa não é a solução", disse.

Prevista para as 15h de hoje, a votação foi adiada para a semana que vem, em sessão extraordinária que deverá ser realizada na próxima segunda-feira (20). A votação continuará nas sessões ordinárias de terça (21), quarta (22) e quinta (23).

Na última quinta-feira (9), o projeto foi colocado em discussão e recebeu 210 emendas parlamentares, que deveriam ter sido debatidas ontem (13), em reunião do Colégio de Líderes da Alerj.

Em função do adiamento da votação, a reunião dos líderes partidários também foi cancelada.

O Muspe atribui o adiamento da votação a uma falta de maioria do governo estadual para garantir a aprovação do projeto.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Sintsama-RJ), Roberto Rodrigues, a votação estaria tecnicamente empatada.

"Não arredaremos o pé da Alerj enquanto houver chance de [o projeto] ser aprovado. Temos esperança de que não passe, mas esse sentimento apenas reside em nós mesmos, na nossa força, pois acreditar nos políticos, nós não acreditamos mais."

O Sintsama-RJ anunciou que os funcionários realizarão paralisação entre os dias 20 e 23, em protesto contra a privatização da empresa, que é uma companhia estadual responsável por grande parte do abastecimento de água e tratamento de esgoto.

"Só faremos durante esses dias para que a população não seja prejudicada, mas que os governantes percebam que estamos atentos", explicou Rodrigues.

A venda da Cedae é condição da União para assinar o plano de recuperação e servirá de garantia para a concessão de um empréstimo de R$ 3,5 bilhões ao estado do Rio.

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