Servidor do IBGE: categoria está em greve e reivindica reajuste em torno de 22% e plano de reestruturação de carreiras (Raul Zito/Veja SP)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2012 às 19h17.
Rio de Janeiro – Os servidores do Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE) fazem hoje (7), durante toda a tarde, na Cinelândia, manifestação para mostrar ao cidadão a importância dos trabalhos desenvolvidos pelo órgão. A categoria está em greve e reivindica reajuste em torno de 22% e plano de reestruturação de carreiras, além da contratação de novos funcionários por meio de concurso público.
Até o final do dia, os funcionários do IBGE vão promover diversas atividades, entre elas, uma palestra na qual será abordado o tema do endividamento do país e os reflexos da crise econômica mundial.
De acordo com o diretor da Associação dos Trabalhadores do IBGE (Assibge), Paulo Lindesay, alguns serviços do órgão estão sendo operados de forma reduzida e até por trabalhadores temporários. “Grande parte das pesquisas está sendo feita por funcionários temporários. Neste momento, todas as pesquisas estão prejudicadas. Mesmo assim o IBGE está fazendo a divulgação”, ressaltou.
Segundo Lindesay, a categoria quer também que o governo federal reconheça a importância do instituto, assim como é feito com outras empresas estatais. “A gente quer o reconhecimento do IBGE como um órgão estratégico do governo, já que ele tem muita importância na criação das políticas públicas. O que nós estamos pedindo é que o governo atenda, pelo menos, as questões financeiras.”
Na próxima quinta-feira (9), os servidores vão se reunir em assembleia para discutir a pauta de reivindicações que será apresentada ao governo. A paralisação dos funcionários do IBGE começou há aproximadamente 45 dias e a adesão conta com servidores de 25 estados e do Distrito Federal.
A assessoria de imprensa do IBGE negou que possa haver atraso na divulgação das pesquisas realizadas pelo órgão e que todos os estudos estão sendo feitos normalmente. No entanto, no mês passado, a publicação de uma avaliação da taxa de desocupação no país ficou comprometida no que diz respeito aos dados da região metropolitana do Rio de Janeiro.