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Serra critica o programa Mais Médicos

Tucano classificou de "destemperada" a proposta lançada pela presidente de elevar a oferta de profissionais de medicina no SUS


	José Serra: segundo o ex-governador de São Paulo, "o Brasil tem o número de médicos adequado"
 (Paulo Whitaker/Reuters)

José Serra: segundo o ex-governador de São Paulo, "o Brasil tem o número de médicos adequado" (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 19h24.

Brasília - Em visita ao Congresso nesta terça-feira, 16, o tucano José Serra classificou de "destemperada" a proposta lançada pela presidente Dilma Rousseff de elevar a oferta de profissionais de medicina no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o ex-ministro da Saúde, que disputou com Dilma as eleições presidenciais de 2010, o programa Mais Médicos lançado pelo Palácio do Planalto não ataca a raiz do problema, que estaria em decisões do governo e não no número de profissionais existentes no País.

"É um tiro no pé, é um tiro de canhão, não é um tiro de revólver", assinalou. "Olhando em detalhes, eu vi que era mais destemperada ainda do que parecia no primeiro momento, uma medida que só começaria a ter efeitos em 2022, no sentido de aumentar a disponibilidade de médicos no País. Como se o problema da saúde fosse isso."

Indagado sobre o programa, Serra respondeu de pronto que achou "inacreditável" a proposta. O Mais Médicos estende em dois anos o período do curso de medicina, com serviço obrigatório no SUS durante o biênio. Além disso, o governo pretende trazer profissionais de fora do País para atender localidades onde não haja médicos, principalmente no interior. Enviado na forma de Medida Provisória ao Congresso, o projeto deve sofrer alterações antes de ser sancionado por Dilma.

Segundo o ex-governador de São Paulo, "o Brasil tem o número de médicos adequado". Na avaliação de Serra, que nesta terça reuniu-se com os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) para discutir temas nacionais, "o que tem de errado é a distribuição dos médicos pelo País, inclusive, porque faltam equipamentos, serviços de saúde."

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