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Senador pede rigidez no caso dos corintianos na Bolívia

Ricardo Ferraço reiterou a tese de que essa suposta "má vontade" boliviana tem relação com o asilo que o Brasil concedeu a opositor do governo de Evo Morales


	Segundo as autoridades bolivianas, o senador precisa responder perante a Justiça por diversas acusações de corrupção
 (Daniel Rodrigo / Reuters)

Segundo as autoridades bolivianas, o senador precisa responder perante a Justiça por diversas acusações de corrupção (Daniel Rodrigo / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2013 às 14h19.

Brasília - O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, senador Ricardo Ferraço (PMDB) defendeu que o Brasil deve 'endurecer' sua postura com a Bolívia em relação aos 12 torcedores corintianos presos no país e ao senador Roger Pinto, asilado na embaixada brasileira em La Paz.

'O governo precisa endurecer as negociações com a Bolívia', afirmou o parlamentar em entrevista que a revista 'Istoé' publica neste domingo.

Ferraço acrescentou que, no caso dos 12 torcedores do Corinthians presos na Bolívia desde fevereiro pela morte de um adolescente em um estádio da cidade de Oruro, as autoridades bolivianas estão com 'má vontade'.

O parlamentar esteve várias vezes na Bolívia para tratar do caso e explicou que, embora não exista 'qualquer prova' concreta contra os 12 torcedores, até agora foi negada a possibilidade de responderem ao processo em liberdade, como pediu a defesa.

Ferraço reiterou a tese, endossada por outros parlamentares brasileiros, de que essa suposta 'má vontade' boliviana tem relação com o asilo que o Brasil concedeu no ano passado ao senador Roger Pinto, opositor ao governo de Evo Morales.

Roger está refugiado na embaixada brasileira em La Paz desde 28 de maio do ano passado e não pôde viajar ao Brasil porque a Bolívia lhe nega o salvo-conduto necessário.

Segundo as autoridades bolivianas, o senador precisa responder perante a Justiça por diversas acusações de corrupção.

Para Ferraço, o caso ganhou 'dimensão política e diplomática e assim deve ser tratado pelo governo brasileiro'.

O parlamentar acrescentou que em torno dos dois casos 'há um clima de chantagem' e considerou que as autoridades do país vizinho 'não estão agindo de forma republicana'.

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