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Senado pede diálogo com caminhoneiros e pode convocar sessão amanhã

Presidente Eunício Oliveira fez um apelo em nome de um acordo entre as lideranças dos caminhoneiros e o presidente Michel Temer

Senado: definição de um consenso sobre a manutenção ou não do texto sobre o PIS/Pasep da mesma forma que veio da Câmara, porém, ainda não está tomada (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Reprodução)

Senado: definição de um consenso sobre a manutenção ou não do texto sobre o PIS/Pasep da mesma forma que veio da Câmara, porém, ainda não está tomada (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de maio de 2018 às 20h41.

Começou há pouco a reunião de líderes de partidos do Senado que vai buscar uma solução consensual entre governo, parlamentares e os caminhoneiros que bloqueiam as principais rodovias do país há quatro dias.

A preocupação com o agravamento de uma crise de desabastecimento fez com que os senadores retornassem às pressas a Brasília para participar do colégio de líderes, que se reúne normalmente às terças-feiras para definir a pauta de votações do Senado.

Logo após o início da reunião, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), deixou o Senado para se encontrar com com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e lideranças dos caminhoneiros no Palácio do Planalto.

A intenção é negociar uma saída acordada com os manifestantes, para que não haver o risco de aprovar novamente um projeto que não seja satisfatório para o movimento nem cause problemas para a situação fiscal do país. Eunício fez um apelo em nome de um acordo entre as lideranças dos caminhoneiros e o presidente Michel Temer.

"Eu não estou preocupado com o projeto, se vai ser votado agora, mais tarde ou amanhã. Quero um entendimento [para solucionar] uma crise que aflige todos os brasileiros", afirmou, referindo-se à proposta que retira benefícios fiscais de alguns setores da economia e, ao mesmo tempo, estabelece alíquota zero para o PIS/Pasep e o Cofins que incide sobre o óleo diesel. A matéria foi aprovada no fim da noite de ontem (23) pela Câmara dos Deputados, mas é alvo de divergências sobre os números do impacto que a isenção dos tributos causará aos cofres da União.

Sessão extraordinária

Já o vice-presidente, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), disse que há condições de os senadores se reunirem em uma sessão extraordinária nesta sexta-feira (25) às 11h, dia atípico para ocorrer votações.

Falando em "inércia" do governo em entender a dimensão do problema, o senador afirmou que o projeto da reoneração foi votado de "improviso" pelos deputados.

De acordo com o parlamentar, que fez ligações para os senadores na tarde de hoje, 45 dos 81 senadores já confirmaram presença caso para uma possível sessão amanhã.

Na avaliação de Cássio Cunha Lima, é possível que os senadores façam um acordo de líderes para agilizarem a votação da proposta, mesmo com a pauta trancada por quatro medidas provisórias.

A definição de um consenso sobre a manutenção ou não do texto da mesma forma que veio da Câmara, porém, ainda não está tomada.

Eunício Oliveira concorda com as críticas. Ele se disse surpreso com a aprovação da matéria e afirmou que o momento não é de buscar "protagonismo".

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