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Semana cheia para a Câmara: do porte de armas à Previdência dos militares

Câmara dos Deputados deve votar projeto de lei do Governo Bolsonaro que facilita o porte de armas nesta semana

Câmara: comissão especial da Câmara que vai debater a aposentadoria dos militares se reúne na terça-feira (20) para definir o roteiro de trabalho (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Câmara: comissão especial da Câmara que vai debater a aposentadoria dos militares se reúne na terça-feira (20) para definir o roteiro de trabalho (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de agosto de 2019 às 07h58.

Última atualização em 19 de agosto de 2019 às 10h53.

O plenário da Câmara dos Deputados pode votar, esta semana, o Projeto de Lei 3.723/19, do Poder Executivo, que permite a concessão, por decreto presidencial, de porte de armas de fogo para novas categorias, além das previstas no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03). Na semana passada, o plenário da Casa aprovou o regime de urgência para votação da proposta.

Atualmente, o porte só é permitido para as categorias descritas no Estatuto do Desarmamento, como militares das Forças Armadas, policiais e guardas prisionais. O porte de armas consiste na autorização para que o indivíduo ande armado fora de sua casa ou local de trabalho. Já a posse só permite manter a arma dentro de casa ou no trabalho.

O relator do projeto, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), acatou três das 20 emendas apresentadas à proposta, como estender o porte de arma para os oficiais de Justiça e para os oficiais do Ministério Público.

Outra emenda quer incluir os integrantes dos órgãos policiais da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das assembleias legislativas dos estados na lista dos autorizados a ter porte de arma e permitir os órgãos a comprar armas de fogo de uso restrito sem autorização do Comando do Exército.

Reforma tributária

Outro assunto que deve levar os holofotes para a Câmara é a reforma tributária.  A comissão especial da Câmara que analisa a proposta de emenda à Constituição (PEC 45/19) vai ouvir na terça-feira (20) o autor da matéria, deputado Baleia Rossi (MDB-SP).

Também será ouvido o economista Bernard Appy, que preparou a proposta, que unifica tributos sobre a produção e o consumo arrecadados pela União, pelos estados e pelos municípios, e cria outro imposto sobre bens e serviços específicos, cujas receitas ficarão apenas com o governo federal.

Na semana passada, a comissão aprovou o plano de trabalho do relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Ele propôs oito audiências públicas na Câmara sempre às terças-feiras, e seminários em cada uma das cinco regiões do país, em datas ainda serem definidas. O relator espera apresentar o parecer a partir de 8 de outubro.

Aposentadoria dos militares

Além das armas e da reforma tributária, a Câmara vai começar a tramitação da reforma da Previdência dos militares. A comissão especial que vai debatê-la se reúne na terça-feira (20) para eleger os três vice-presidentes e para definir o roteiro de trabalho do colegiado.

Na semana passada, a comissão elegeu como presidente o deputado José Priante (MDB-PA) e como relator o deputado Vinicius Carvalho (PRB-SP). A instalação do colegiado, composto de 34 membros titulares e igual número de suplentes, foi feita na quarta-feira (14).

Segundo o Projeto de Lei 1645/19, enviado pelo governo em março deste ano, os militares passarão a contribuir mais para a previdência especial e a trabalhar mais para terem direito a aposentadorias e pensões.

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