RODRIGO MAIA: ele recebeu apoio do senador Aécio Neves para tentar uma reeleição, caso isso seja possível juridicamente / José Cruz/ Agência Brasil
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2016 às 18h55.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h04.
Delação cancelada
A Procuradoria-Geral da República (PGR) rompeu nesta segunda-feira o acordo de delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. O combinado ainda não havia sido assinado entre as partes por estar em fase inicial de negociação. Para o procurador-geral Rodrigo Janot, o vazamento do conteúdo envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, que estampou a capa deste fim de semana da revista VEJA, é justificativa para a quebra de “acordo de confidencialidade”. Essa é uma das cláusulas para que a PGR aceite a colaboração.
–
Sem reajuste
O governo Temer mudou de postura em relação ao reajuste salarial aos servidores públicos. Depois de almoço com o presidente interino, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse a jornalistas que, no momento, é preciso mostrar “compromisso com o combate ao déficit público”. A preocupação vem depois da aprovação de um pacote de aumentos, no início de junho, que impactará os cofres públicos em 58 bilhões de reais até 2019.
–
Dilma: é medo
Em entrevista ao SBT exibida na madrugada desta segunda-feira, a presidente afastada Dilma Rousseff voltou a atacar Michel Temer, dizendo que sua pressa em desenrolar o processo de impeachment é por “medo” de novas revelações que o comprometam. “Por que eles têm tanto interesse em antecipar, em dias, o impeachment? Para mim, eles têm medo de uma delação que mostre claramente qual é seu grau de comprometimento”, afirmou. Dilma voltou a dizer que nem seu governo nem o ex-presidente Lula estão associados à corrupção na Petrobras.
–
61 votos na conta
Ainda sobre o processo de impeachment, o governo interino prevê mais apoio na votação final no Senado. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse contar com pelo menos 61 votos contra Dilma no julgamento que começará nesta quinta-feira. Em entrevista à Rádio Estadão, o peemedebista também prospecta o futuro: “Com governo definitivo, teremos de conter a expansão da dívida pública e reformar nosso sistema previdenciário”.
–
Candidatos investigados
Candidatos de oito capitais são investigados em ações criminais na Justiça, segundo levantamento do jornal Folha de S.Paulo. As investigações incluem desde tortura até construção ilegal em área de reserva ambiental, passando por desvio de recursos. O nome mais conhecido é de Alexandre Kalil (PHS-MG), ex-presidente do Atlético Mineiro, condenado por não repassar contribuições de funcionários de sua empresa de engenharia ao INSS.
–
O relógio avança
Pelo menos 2.000 médicos estrangeiros podem deixar o posto em municípios longínquos do Brasil a partir de 30 de agosto. Um dia antes vencerá o prazo no Congresso para que seja aprovada a Medida Provisória que permite a prorrogação do prazo de atuação por três anos de médicos inscritos no programa Mais Médicos. Com as atenções voltadas para a votação do processo de impeachment marcado para esta semana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não garante que a matéria seja votada, e o Ministério da Saúde não tem uma solução pronta para quando a data chegar.