Segurança volta atrás e proíbe protesto em frente ao Planalto
Mais cedo, responsáveis pela segurança do Palácio do Planalto informaram que o protesto poderia chegar até a Praça dos Três Poderes
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de maio de 2017 às 13h54.
Brasília - A Secretaria de Segurança e da Paz do Distrito Federal esclareceu que a manifestação desta quarta-feira, 24, em Brasília, não poderá chegar até a Praça dos Três Poderes e ficará restrita ao quadrilátero da região da Esplanada dos Ministérios, desde a Catedral à Alameda das Bandeiras, que fica em frente à entrada principal do Congresso Nacional.
Mais cedo, responsáveis pela segurança do Palácio do Planalto informaram que o protesto poderia chegar até a frente do Planalto.
Segundo a Secretaria de Segurança do DF, entretanto, no mês passado 48 órgãos do Distrito Federal, Congresso e governo,assinaram um protocolo para "grandes protestos" e estabeleceram a delimitação do espaço.
"A área é uma delimitação prevista no Protocolo Tático Integrado (PrTI), assinado, mês passado, por 48 órgãos do Distrito Federal, Congresso Nacional e Governo, não será permitida a presença de manifestantes na Praça dos Três Poderes. O protocolo estabelece esse espaço para os protestos de grande concentração público em Brasília", explicou uma nota divulgada pela entidade.
Mais cedo, conforme mostrou o Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), o Planalto estava cercado por mais de 200 homens do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), que estavam próximos da rampa e do espelho d'água, munidos de escudos e cães adestrados. Agora, no entanto, não há mais o policiamento cercando o prédio.
O sistema de segurança da capital federal, formado pelas Forças Armadas e pelas polícias, mantinha no Planalto, segundo informaram os guardas à reportagem, a decisão de permitir que a manifestação desta quarta contra o presidente Michel Temer ocupasse a Praça dos Três Poderes, área que, no processo de impeachment de Dilma Rousseff, no ano passado, ficou fechada nos dias mais críticos dos protestos.
Silêncio
Interlocutores do presidente Michel Temer estão, por enquanto, evitando comentar as manifestações e dizem que é preciso esperar para ver a sua adesão e força para comentar o impacto no governo.
Apesar disso, auxiliares reconhecem que, a depender da magnitude dos atos desta quarta, o desgaste político do governo - que está em crise - pode aumentar.