Rio 2016: as declarações de Picciani são uma resposta às críticas do prefeito Eduardo Paes à segurança no Rio às vésperas da Olimpíada (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2016 às 16h08.
São Paulo - Um dia depois das reiteradas críticas do prefeito Eduardo Paes à segurança do Rio de Janeiro, o ministro do Esporte, Eduardo Picciani, minimizou nesta terça-feira as declarações de Paes e afirmou ter "convicção" de que a "segurança não será um problema" ao longo dos Jogos Olímpicos, que terão início daqui a exatamente um mês.
"O governo federal tem plena confiança no Estado e nas autoridades do Rio de Janeiro", declarou o ministro, em entrevista à Rádio Estadão.
"O governo federal liberou nos últimos dias R$ 2,9 bilhões para segurança porque o Estado passa por momento econômico difícil. Além do mais, há uma grande operação de segurança para os Jogos Olímpicos, que começa hoje [nesta terça], com participação da Força Nacional, das Forças Armadas e da Polícia Federal."
As declarações de Picciani são uma resposta às críticas de Paes à segurança no Rio às vésperas da Olimpíada.
No domingo e na segunda-feira, o prefeito atacou a gestão estadual, responsável pela segurança, alegando que governo estadual deve "tomar vergonha na cara" e "arregaçar as mangas" para garantir segurança no Rio-2016.
"Esse é o assunto mais sério do Rio, e o Estado está fazendo um trabalho terrível, horrível."
Questionado sobre as declarações, Picciani destacou as ações federais para assegurar o clima tranquilo na Olimpíada.
"Eu tenho a convicção de que a segurança não será um problema porque todas as providências foram tomadas pelos ministério da Justiça e da Defesa, que são os responsáveis pela operação de segurança. Eles cumpriram todos os protocolos, estão disponibilizando todos os efetivos. E têm a colaboração de mais de 100 países que destacaram policiais para acompanhar os Jogos Olímpicos."
O ministro do Esporte também minimizou o protesto realizado por policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários no Aeroporto Tom Jobim, na segunda-feira. Alguns seguravam cartaz que dizia, em inglês, "Welcome to Hell" (Bem-vindos ao Inferno).
"Foi uma manifestação que me parece ter cunho político. Num País como o nosso, com liberdade de expressão, se está sujeito a acontecer este tipo de coisa. Mas não me parece que seja um movimento de toda polícia, apenas de um setor, o que não prejudica a segurança", disse Picciani.