(SANDER KONING/ANP/AFP/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de julho de 2021 às 18h22.
Última atualização em 26 de julho de 2021 às 18h23.
A secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite, descartou que seja feita a aplicação de terceira dose - ou dose de reforço - de qualquer que seja o imunizante no País. No lugar, Rosana afirmou que a pasta já discute o calendário vacinal do próximo ano, o que será motivo de fórum para discussão entre especialistas brasileiros e comunidade internacional.
"Não recomendamos ainda terceiras doses de quaisquer que sejam os imunizantes. Essas tratativas são motivos de estudos, de análises, aqui no Ministério, através das nossas Câmaras Técnicas", disse Rosana.
Durante entrevista coletiva no Ministério da Saúde nesta segunda-feira, 26, a secretária destacou que o governo tem reforçado as campanhas de imunização contra a covid-19 em regiões fronteiriças com o objetivo de obstaculizar a entrada e disseminação da variante Delta - "a maior preocupação do Ministério da Saúde", segundo ela.
Rosana reforçou a retomada da vacinação de grávidas e puérperas que haviam recebido a primeira dose de vacina da AstraZeneca contra a covid-19, desde que com a intercambialidade das vacinas. Em maio, a aplicação da vacina da AstraZeneca no grupo foi suspensa após suspeita de que o imunizante poderia levar a casos de trombose e a óbito.
Ao invés da AstraZeneca, Rosana informou que deve ser dada preferência para que o grupo seja vacinado com imunizantes da Pfizer. Segundo ela, já existem estudos mostrando a efetividade desta troca, ou da Coronavac, "que mostra uma boa efetividade". Rosana destacou ainda que não é permitida a intercambialidade em casos "normais". Segundo ela, exceto para grávidas e puérperas, a intercambialidade ainda deve ser considerada como um erro vacinal e ser notificada na plataforma e-SUS Notifica.