Saúde reforça alerta contra epidemias na região serrana do Rio
Maiores temores que leptospirose, hepatite A e diarreiasse alastraem na região atingida pelas enchentes
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 17h29.
Brasília – O governo federal quer evitar surtos de doença na região serrana do Rio de Janeiro, devastada por fortes chuvas e avalanches de terra na semana passada. Hoje (18), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou o alerta para que a população se previna contra doenças transmitidas pela água, como leptospirose, hepatite A e diarreias agudas.
Além de distribuir informativos sobre os cuidados a serem tomados pela população, o governo federal enviou mais de 250 mil doses de vacina contra tétano e difteria para a Secretaria de Saúde do estado. Ao mesmo tempo, os cães e gatos que estão em abrigos serão vacinados contra a raiva. Cerca de 5 mil doses da vacina antirrábica foram levadas ao Rio. “Nossa maior preocupação é garantir o resgate e desenvolver ações de prevenção contra doenças provocadas pela enchentes”, afirmou Padilha.
Em relação à dengue, o ministro afirmou que as cidades afetadas não estão na lista de municípios com risco de surto da doença. De acordo com especialistas, como o mosquito transmissor prefere água parada e limpa, a dengue não é tão preocupante durante as enchentes. No entanto, o número de casos da doença pode aumentar depois do fim das inundações, quando surgem vários pontos de alagamento. “Essas cidades não estavam entre os municípios com alto grau de infestação do mosquito, mas vamos continuar a vigilância”, disse o ministro.
Padilha convocou na tarde de hoje (18) empresas privadas para participar da campanha contra a dengue. Cerca de 100 empresários estiveram no evento. A pasta tem 500 parceiros da iniciativa privada, informou o ministro. De acordo com atual mapa da dengue, 16 estados apresentam alto risco de enfrentar uma epidemia este ano e 70 municípios estão em estado de alerta.
No ano passado, o ministério fez chamada semelhante para estimular a adesão de empresas à campanha de vacinação contra A influenza A (H1N1) - gripe suína.