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Saúde espera que Cuba retome envio de médicos ao Brasil

Em abril, Cuba suspendeu o envio de 710 médicos ao programa, após o aumento expressivo de liminares que garantiam a presença de cubanos no país

Mais Médicos: a punição para prefeituras que incentivavam cubanos a permanecer no programa à revelia da vontade de Cuba foi definida há duas semanas (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de maio de 2017 às 17h45.

Brasília - O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse esperar que o governo cubano retome o envio de profissionais para o Programa Mais Médicos , interrompido há um mês.

Num gesto para ganhar confiança de Cuba, a pasta determinou o descredenciamento do programa de 49 municípios que incentivaram profissionais a entrar na Justiça para garantir sua permanência no Brasil.

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A participação de profissionais cubanos no Mais Médicos será discutida numa reunião entre a vice-ministra de Cuba, técnicos do Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde, marcada para esta tarde, em Brasília.

"O envio será retomado. Tiramos do programa os municípios que estavam incentivando médicos cubanos a permanecer no Brasil. E o governo cubano se mostrou satisfeito com a medida", disse Barros.

A punição para prefeituras que incentivavam cubanos a permanecer no programa à revelia da vontade de Cuba foi definida há duas semanas, numa reunião entre Ministério da Saúde, conselhos de secretários estaduais e municipais.

A estratégia foi considerada como um poderoso argumento para convencer o governo do país da América Central a manter o convênio, renovado ano passado, para o envio de profissionais.

Em abril, Cuba suspendeu o envio de 710 médicos ao programa, numa reação ao aumento expressivo de liminares concedidas na Justiça garantindo a permanência de cubanos que ficaram mais de três anos no programa. Foram ao menos 80.

A determinação para o descredenciamento deve continuar. Há duas semanas, a informação era a de que pelo menos 55 municípios incentivaram médicos de Cuba a ingressar na Justiça para continuar no País. As prefeituras notificadas do descredenciamento poderão apresentar defesa.

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