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São Paulo "reaberta": fotos mostram rua 25 de março lotada

Após acordo com setor do comércio, Bruno Covas permitiu abertura de lojas em toda a capital; horário e capacidade de clientes são limitados

Rua 25 de maço: homem tem temperatura medida antes de entrar em loja (Eduardo Frazão/Exame)

Rua 25 de maço: homem tem temperatura medida antes de entrar em loja (Eduardo Frazão/Exame)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 11 de junho de 2020 às 15h03.

Última atualização em 11 de junho de 2020 às 16h27.

 

Pelo segundo dia consecutivo, a cidade de São Paulo registrou o comércio lotado, com filas e aglomerações. Na região da 25 de março, principal local de compras da cidade, lojas ficaram lotadas, às vésperas do dia dos namorados.

O comércio de rua voltou a abrir na última quarta-feira, 10. Já os shoppings centers da cidade, assim como no Rio de Janeiro, reabriram somente nesta quinta-feira, 11, após mais de dois meses fechados por conta da pandemia do novo coronavírus.

Todos os negócios estão autorizados a abrir com horário reduzido, de 4 horas. O funcionamento dos dois polos comerciais, comércio e shoppings, está alternado para evitar que população saia de casa ao mesmo tempo. As lojas, inclusive, devem respeitar a capacidade máxima de clientes de 20%.

A Aliansce Sonae, que tem quatro shoppings em São Paulo e sete no Rio de Janeiro, tornou a abertura de lojas facultativa aos lojistas na primeira semana. As unidades na capital paulista — Plaza Sul, Santana Parque, Campo Limpo, West Plaza — funcionarão das 16h às 20h.

Na 25 de março, nesta quinta-feira, a maioria das pessoas usava máscaras de proteção, mas os registros mostram aglomerações em todas as alamedas, que já são naturalmente estreitas.

Reabertura e casos

São Paulo é o epicentro da doença no Brasil, com 10 mil mortes e mais de 160 mil infectados. A preocupação de especialistas é que o plano de retomada tenha sido feito de forma prematura, e a falta de distanciamento social pode ampliar ainda os dados da covid-19 no estado.

A capital, que tem 5.406 óbitos e 89.149 casos confirmados, está enquadrada na fase dois do plano São Paulo, que autoriza os processos de reabertura para diversas atividades. Nesta fase, foi permitida a reabertura, mas com restrições, de imobiliárias, concessionárias de veículos, escritórios, comércio e shopping centers.

A partir do próximo dia 15, algumas regiões também poderão começar a flexibilizar as medidas de isolamento, como a região Metropolitana e a Baixada Santista.

No entanto, o aumento de casos e óbitos pela covid-19 no interior fez com que o governo decidisse endurecer novamente as regras de isolamento em alguns locais que já estão em reabertura há duas semanas. 

As regiões de Presidente Prudente, Barretos e Ribeirão Preto, que estavam em processo acelerado de retomada, voltam para a fase 1 do plano, que libera apenas os serviços essenciais.

De acordo com dados do Centro de Contingência do novo coronavírus, as cidades localizadas na região de Presidente Prudente tiveram alta nos casos de internação por covid-19 de 60% em uma semana e uma variação de óbitos de 50%. Barretos variou os casos de 93% e 100% em óbitos e Ribeirão Preto de 51% nos casos e 100% nas mortes.

Já as regiões de Araraquara e Bauru, que estavam na fase 3 do plano, voltam para a fase 2. Nesse caso, bares, restaurantes, salões de beleza e barbearias que haviam sido autorizados a reabrir, com restrições, deverão fechar novamente.

O governo, inclusive, projeta que pelo menos mais 11.000 pessoas devem morrer por causa do novo coronavírus nos próximos 18 dias.

A estimativa foi feita pelo coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, o infectologista Carlos Carvalho, nesta quarta-feira, 10. Dessa forma, o total de mortes pode chegar a até 22.000 ainda neste mês.

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