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Santa Catarina chega a 18 prefeitos presos por corrupção em um ano e dois meses

Ari Bagúio, alvo de operação nesta sexta-feira, é o segundo chefe de Executivo municipal do estado a ir para a cadeia só nesta semana

Ari Bagúio (PL), prefeito da cidade de Ponte Alta do Norte, em Santa Catarina, é preso nesta sexta-feira (Redes Sociais/Reprodução)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 17h37.

Última atualização em 26 de janeiro de 2024 às 17h44.

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas ( Gaeco ) do Ministério Público de Santa Catarina ( MPSC ) prendeu, nesta sexta-feira, Ari Bagúio (PL), prefeito de Ponte Alta do Norte, cidade de 3,2 mil habitantes no Meio-Oeste catarinense.

Ele é o segundo prefeito do estado preso nos últimos três dias e o 18º em um ano e dois meses — todos alvos de investigações que apuram corrupção e fraudes em licitações.

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A chamada Operação Limpeza Urbana, que prendeu Bagúio, é desdobramento da Operação Mensageiro, desencadeada em dezembro de 2022. Ela teve como alvo um suposto esquema de corrupção envolvendo a contratação de serviços de limpeza urbana em cidades de várias regiões do estado. Há 14 meses, 16 prefeitos já haviam sito detidos em decorrência do esquema.

O único prefeito da lista que não faria parte deste mesmo grupo é Douglas Elias Costa (PL), líder do Executivo de Barra Velha. Ele foi preso na última quarta-feira, em outra operação do Gaeco contra corrupção. Costa é acusado de desvio de recursos públicos para a construção de uma ponte na cidade.

Na Limpeza Urbana, o Gaeco apura os crimes de associação criminosa, corrupção passiva e concussão, supostamente praticados por políticos . Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC).

As investigações indicam que o esquema funcionava a partir de agentes públicos que direcionavam interessados em prestar serviço de limpeza urbana na cidade para que contratassem escritórios de contabilidade previamente determinados, impondo um pagamento ilícito de 10% dos valores que eles recebiam do município.

Dessa forma, parte do dinheiro pago aos contratados para limpar a cidade voltaria para os próprios agentes investigados.

Veja a lista dos 18 prefeitos presos

  1. Ari Bagúio (PL), de Ponte Alta do Norte
  2. Douglas Elias Costa (PL), de Barra Velha
  3. Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva
  4. Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul
  5. Antônio Ceron (PSD), de Lages
  6. Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo
  7. Marlon Neuber (PL), de Itapoá
  8. Joares Ponticelli (PP), de Tubarão
  9. Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá
  10. Deyvisonn de Souza (MDB), de Pescaria Brava
  11. Armindo Sesar Tassi (MDB), de Massaranduba
  12. Adriano Poffo (MDB), de Ibirama
  13. Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira
  14. Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí
  15. Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD), de Três Barras
  16. Luiz Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim
  17. Alfredo Cezar Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo
  18. Felipe Voigt (MDB), de Schroeder
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