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"Sangue Latino" é o hino de delatores, diz advogado

Jurei mentiras e sigo sozinho... Assumo os pecados...

Secos & Molhados: canção foi lançada no álbum de estreia da banda (Getty Images/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de abril de 2017 às 14h14.

São Paulo - Advogado de duas dezenas de alvos da Operação Lava Jato - como os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Edson Lobão (PMDB-MA) e Ciro Nogueira (PP-PI) e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) -, Antônio Carlos de Almeida Castro, ou Kakay, postou em seu WhatsApp, na sexta-feira (21), que a letra da canção Sangue Latino, consagrada pelo grupo Secos & Molhados em 1973, é "o hino dos delatores".

Depois de transcrever a letra completa no aplicativo do celular, Almeida Castro comentou a estrofe inicial - "Jurei mentiras/ E sigo sozinho/Assumo os pecados/Uh! Uh! Uh! Uh!...":

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"Resta saber se os advogados dos delatores aprovam, pois afinal os delatores não 'seguem sozinhos', embora tenham 'rompido os tratados e traído os ritos'".

Segundo o post, "o que de fato interessa é que continuam 'jurando mentiras', protegendo, escolhendo, omitindo cinicamente, mas na certeza de que, se descobertos, terão direito a um recall, ou seja, a certeza esperta da impunidade, com a perspectiva do próprio Ministério Público instituir a pena, com cumprimento imediato, sem precisar do Judiciário".

O comentário foi postado um dia depois dos depoimentos, ao juiz Sérgio Moro, do empresário Léo Pinheiro e do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.

"Os Sérgios Machados entregam quem querem, devolvem um pouquinho da grana que surrupiaram, fazem um acordo e começam a cumprir pena em casa, sem este entulho do Judiciário", acrescentou o advogado.

"E nós, que queremos apontar e discutir os excessos, somos "contra a Lava Jato", logo contra a 'nação', o 'país'. É só ver o jogral dos meninos. Tristes tempos", conclui o post.

Ranking. Sangue Latino, de João Ricardo e Paulinho Mendonça, foi lançada no primeiro álbum do Secos & Molhados, batizado com o mesmo nome do grupo, que era composto na época por João Ricardo (vocais, violão e harmônica), Ney Matogrosso (vocais) e Gérson Conrad (vocais e violão).

O Google informa que a canção foi escolhida pela revista Rolling Stone Brasil como a quadragésima maior música brasileira de todos os tempos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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