Brasil

Salário de admissão teve alta real de 4,78% em 2010

Valor foi de R$ 795,81, em 2009, para R$ 833,86 no ano passado

Estado com maior aumento real de salário de admissão foi Rondônia, 62,19% (Jorge Rosenberg/VEJA)

Estado com maior aumento real de salário de admissão foi Rondônia, 62,19% (Jorge Rosenberg/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 15h04.

Brasília - Os salários médios de admissão registraram um aumento real (descontada a inflação) de 4,78% em 2010, em relação ao ano anterior, passando de R$ 795,81 para R$ 833,86. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Apesar da melhora, houve uma ampliação da diferença do salário real de admissão dos homens em relação ao das mulheres. Na média, os homens passaram a receber 5,20% a mais, enquanto o reajuste das mulheres foi de 4,09%. Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o aumento real desses salários (admissão) foi de 29,03%, já que em 2003 a remuneração média estava em R$ 646,23.

O comportamento favorável no período foi verificado em todas as unidades da federação. Entre os destaques estão Rondônia (62,19%), Piauí (46,60%), Alagoas (45%), Acre (43,12%) e Maranhão (42,36%).

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ressaltou que, com o desenvolvimento da economia brasileira, há um destaque claro dos rendimentos nos Estados do Norte e do Nordeste. "Tem muita indústria indo para lá e o brasileiro começa a descobrir o Nordeste", afirmou o ministro.

Segundo ele, também é possível verificar um claro fluxo migratório das regiões do Sul do País para as do Norte e do Nordeste. Com isso, na avaliação do ministro, muitos trabalhadores têm voltado a seus estados de origem com uma melhor qualificação profissional, o que também ajuda no aumento da remuneração. Entre os estados que obtiveram os menores ganhos reais de salário de admissão durante o governo Lula estão São Paulo (20,16%), Amazonas (16,56%) e Distrito Federal (13,64%).

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