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Saída de Palocci repercute na imprensa internacional

Guido Mantega é tido como "menos ortodoxo", mas nem por isso deixará de seguir os princípios de seu antecessor, dizem os principais jornais

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 20h53.

A saída de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda teve forte repercussão na imprensa internacional. Praticamente todos os grandes jornais, sobretudo os especializados em economia e negócios, noticiaram a crise e a queda do ministro.

O americano The Wall Street Journal enfatizou o perfil "menos ortodoxo" de Guido Mantega, apontado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o novo Ministro da Fazenda. Segundo o jornal, Mantega tem um histórico de divergir publicamente da política econômica adotada até então por Palocci e sua equipe.

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No entanto, especialistas ouvidos pelo jornal americano não estão preocupados com mudanças bruscas na economia. "Analistas estão com a expectativa de que Mantega irá manter os mesmos pilares deixados por Palocci: aperto fiscal, câmbio flutuante e redução gradativa dos juros, seguindo a inflação", diz a reportagem do The Wall Street Journal.

O britânico Financial Times seguiu a mesma linha. Salientou o perfil "intervencionista" e "desenvolvimentista" de Mantega, mas o jornal considera muito pouco provável que o novo ministro mude as regras atuais que regem a economia brasileira.

Já o The New York Times noticiou a saída de Palocci acompanhado de um resumo de toda a crise política, desde o estopim com a propina concedida a diretores dos Correios até o último episódio envolvendo o caseiro Francenildo Costa. A reportagem diz, ainda, que tanto Palocci como seu sucessor, Guido Mantega, são "amigáveis" às regras de mercado e grandes mudanças não são esperadas.

O argentino Clarín descreveu a situação como "a queda do segundo homem-forte do presidente Lula", sendo o primeiro o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. O jornal de Buenos Aires disse, ainda, que Palocci vinha sendo considerado suspeito desde agosto do ano passado, mas por ser o "garantidor" da estabilidade econômica, foi poupado por seus opositores - que há pouco mais de um mês decidiram voltar com força total às denúncias.

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