Sabesp pode reassumir operações em cidades com dívidas
O presidente da Sabesp disse que existe possibilidade de se chegar a um acordo com as cidades sobre as dívidas com a companhia
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2015 às 21h22.
São Paulo - O presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ), Jerson Kelman, afirmou que existe a possibilidade de se chegar a um acordo com as cidades sobre as dívidas com a companhia - Guarulhos, Mauá e Santo André - aos moldes do ocorrido em Diadema, em que a Sabesp reassumiu as operações na cidade.
"É uma possibilidade. Elas as três cidades têm uma dívida alta, e nós teríamos ganhos de sinergia. Nós temos a possibilidade de sempre tentar custos menores por economia de escalas", disse Kelman, durante evento realizado na noite desta quarta, 25, na Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), em São Paulo .
"Em alguns casos, estamos conversando. O prefeito de Mauá já declarou que está conversando conosco. Estamos fazendo estudos e esse é um possível resultado. Não é o único, mas é possível".
Kelman destacou que o interesse da Sabesp em chegar a um acordo se dá pelo ganho de escala que seria atingido, uma vez que os diversos investimentos programados por esses municípios seriam muito mais baratos caso fossem utilizadas as estações que a Sabesp já possui.
Cenário
Kelman ainda afirmou que apesar de o nível de água nos reservatórios ainda estar muito abaixo da média, a situação é muito melhor que a verificada durante 2014.
"Primeiro, todas as obras emergenciais foram feitas, e hoje estamos com um sistema muito mais robusto. Além disso, estamos fazendo obras para aumentar a disponibilidade de água", disse Kelman durante o evento para lançamento do livro "Água, Crise e Conflito em São Paulo", do advogado Rubens Naves. "Hoje temos mais água que em novembro do ano passado."
O presidente da Sabesp também afirmou que a maior ocorrência de chuvas neste ano está ajudando a recuperar o nível dos reservatórios. "Se vier outro 2014, estamos muito melhor preparados."
Alckmin
Ele também ressaltou que o prêmio concedido ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em outubro, pela boa gestão de recursos hídricos no Estado foi merecido.
"Sob o ponto de vista da razoabilidade, do merecimento, eu não tenho dúvida nenhuma", disse o presidente da Sabesp. A premiação foi organizada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados com o objetivo de reconhecer entidades e personalidades que se destacam na promoção do desenvolvimento urbano nas metrópoles brasileiras.
Na visão de Kelman, dada a situação de anormalidade em função da seca que atingiu o Estado desde 2014, a gestão da crise por parte do governador foi adequada.
"São Paulo não foi submetida a um rodízio", disse. "O rodízio poderia ter acontecido, mas era o último recurso, dado que impõe uma série de riscos a população", afirmou. "A performance do administrador tem que ser vista em relação às condições em que está administrando, e a seca de 2014 foi absolutamente excepcional."
São Paulo - O presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ), Jerson Kelman, afirmou que existe a possibilidade de se chegar a um acordo com as cidades sobre as dívidas com a companhia - Guarulhos, Mauá e Santo André - aos moldes do ocorrido em Diadema, em que a Sabesp reassumiu as operações na cidade.
"É uma possibilidade. Elas as três cidades têm uma dívida alta, e nós teríamos ganhos de sinergia. Nós temos a possibilidade de sempre tentar custos menores por economia de escalas", disse Kelman, durante evento realizado na noite desta quarta, 25, na Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), em São Paulo .
"Em alguns casos, estamos conversando. O prefeito de Mauá já declarou que está conversando conosco. Estamos fazendo estudos e esse é um possível resultado. Não é o único, mas é possível".
Kelman destacou que o interesse da Sabesp em chegar a um acordo se dá pelo ganho de escala que seria atingido, uma vez que os diversos investimentos programados por esses municípios seriam muito mais baratos caso fossem utilizadas as estações que a Sabesp já possui.
Cenário
Kelman ainda afirmou que apesar de o nível de água nos reservatórios ainda estar muito abaixo da média, a situação é muito melhor que a verificada durante 2014.
"Primeiro, todas as obras emergenciais foram feitas, e hoje estamos com um sistema muito mais robusto. Além disso, estamos fazendo obras para aumentar a disponibilidade de água", disse Kelman durante o evento para lançamento do livro "Água, Crise e Conflito em São Paulo", do advogado Rubens Naves. "Hoje temos mais água que em novembro do ano passado."
O presidente da Sabesp também afirmou que a maior ocorrência de chuvas neste ano está ajudando a recuperar o nível dos reservatórios. "Se vier outro 2014, estamos muito melhor preparados."
Alckmin
Ele também ressaltou que o prêmio concedido ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em outubro, pela boa gestão de recursos hídricos no Estado foi merecido.
"Sob o ponto de vista da razoabilidade, do merecimento, eu não tenho dúvida nenhuma", disse o presidente da Sabesp. A premiação foi organizada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados com o objetivo de reconhecer entidades e personalidades que se destacam na promoção do desenvolvimento urbano nas metrópoles brasileiras.
Na visão de Kelman, dada a situação de anormalidade em função da seca que atingiu o Estado desde 2014, a gestão da crise por parte do governador foi adequada.
"São Paulo não foi submetida a um rodízio", disse. "O rodízio poderia ter acontecido, mas era o último recurso, dado que impõe uma série de riscos a população", afirmou. "A performance do administrador tem que ser vista em relação às condições em que está administrando, e a seca de 2014 foi absolutamente excepcional."