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Sabesp, balsas e hidrovias: SP aposta na união de ESG e logística na COP

Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Logística e Infraestrutura de São Paulo, esteve em Belém para apresentar a agenda do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) no meio ambiente

Natália Resende: no comando de uma super pasta, a secretária afirma que o meio ambiente, lógistica e infraestrutura precisam ser integrados para um melhor resultado (Leandro Fonseca/Exame)

Natália Resende: no comando de uma super pasta, a secretária afirma que o meio ambiente, lógistica e infraestrutura precisam ser integrados para um melhor resultado (Leandro Fonseca/Exame)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 13 de novembro de 2025 às 07h08.

Última atualização em 13 de novembro de 2025 às 07h40.

Belém - Após apresentar em um painel na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) o projeto que resultou na privatização da Sabesp, Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Logística e Infraestrutura do Estado de São Paulo, apontou a importância da integração dos temas da sua secretaria para o meio ambiente.

"A integração de logística e meio ambiente é essencial", afirmou durante entrevista à EXAME em uma sala do pavilhão da ONU em Belém.

Resende esteve em Belém na última terça-feira, 11, para apresentar a agenda do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) no meio ambiente. Além de destacar o projeto que garantirá a universalização do saneamento no estado até 2029, a secretária também debateu descarbonização no transporte em outro evento.

"Temos as melhores rodovias do Brasil, e estamos implementando soluções baseadas na natureza, como drenagem, que ajuda muito na adaptação climática. Também estamos investindo em transporte ferroviário e ampliando o uso de trilhos, o que contribui para a descarbonização do transporte. São Paulo tem um modelo de logística que é sustentável e eficiente", disse.

Natália Resende: secretária apresentou os planos de São Paulo para o meio ambiente, infraestrutura e logística na COP (Leandro Fonseca /Exame)

O plano de logística do estado vai até 2050 e, segundo a secretária, está totalmente alinhado a estratégia climática de São Paulo.

"Estamos incorporando muito de energia limpa, como os pontos de biometano e o carregamento de carros elétricos", afirmou.

Para a COP, a gestão paulista apresentou uma carta de compromissos, com a estratégia de transição energética, com foco em descarbonização e economia de baixo carbono, além de cidades mais adaptadas e resilientes. As ações no saneamento, biometano e a evolução da nossa matriz energética também são destacadas no documento.

"O governador quer mostrar que o estado de São Paulo tem muito a oferecer em termos de sustentabilidade e resiliência ambiental", disse.

Antes da conferência em Belém, São Paulo realizou o seu próprio evento para discutir o clima. O SP Mais Verde teve mais de 6 mil pessoas e 500 painelistas. Resende valoriza que o evento gerou milhões em negócios.

"Teve uma rodada de negócios que gerou R$ 23 milhões em investimentos de startups, com a expectativa de mais de R$ 40 milhões nos próximos 12 meses. O evento foi um grande sucesso, pois conseguimos fazer conexões entre empresas e promover discussões sobre sustentabilidade com foco em ações concretas", afirmou.

Leilão das travessias e novidades nas hidrovias

A participação da secretária em Belém não durou muito porque mais um projeto da pasta saíra do papel, o leilão das travessias nesta quinta-feira, 13, na B3, sede da bolsa de valores.

Com investimentos previstos de R$ 2,5 bilhões, o projeto terá contrato de 20 anos e prevê a renovação completa da infraestrutura e da frota, com novos terminais, embarcações modernas e serviços aprimorados.

"A ideia de transformar as travessias em PPPs (Parcerias Público-Privadas) é para melhorar a eficiência, como a troca da frota por balsas elétricas e agregar novos serviços", disse.

Resende disse que o projeto ganhou o certificado Blue Dot Network da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que carimba a medida como sustentável e de qualidade. Essa é a primeira vez que o Brasil recebe esse reconhecimento.

"É um projeto inovador, especialmente pela sustentabilidade, como a troca de toda a frota para balsas elétricas. Fizemos muitos road shows e o interesse internacional é grande, o que confirma que estamos no caminho certo", disse.

Outra novidade apresentada por Resende foi o avanço da hidrovia de Tietê-Paraná, que será entregue pela gestão Tarcísio até março de 2026.

"Em março, quase tudo estará concluído, e a tecnologia utilizada é superavançada, como o uso de plasma nos pilares. Esse é um projeto muito importante para melhorar a hidrovia", disse.

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