Russomanno se irrita ao ser questionado sobre Universal
O partido de Russomanno, que é líder isolado nas pesquisas de intenção de voto, é composto de dirigentes ligados à Igreja Universal
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2012 às 19h34.
São Paulo - O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo , Celso Russomanno, irritou-se nesta quinta durante entrevista para o jornal SPTV, da Rede Globo, ao ser questionado se seguiria orientações da Igreja Universal do Reino de Deus, caso seja eleito nas eleições de outubro. O partido de Russomanno, que é líder isolado nas pesquisas de intenção de voto, é composto de dirigentes ligados à Igreja Universal.
"Não sei porque estão levando para o lado religioso essa questão", disse o candidato, após ressaltar que ele mesmo é católico. Russomanno queixou-se de ter que ouvir esse tipo de questionamento e negou que o PRB seja controlado pela Igreja. "É triste isso daí (perguntas se ele tem relação com a Igreja Universal)".
Russomanno esquivou-se de responder perguntas sobre supostos escândalos que estaria envolvido, como a acusação de uma ex-funcionária particular de que era paga com verba da Câmara quando o candidato era deputado federal. "Vamos discutir a cidade?", indagou.
O candidato disse estar sendo "vítima de uma quantidade imensa de ataques" ao ser questionado sobre o suposto uso da estrutura da Igreja Universal em sua campanha. "Isso é crime eleitoral", afirmou o entrevistador. "Fui acusado, não se provou isso", rebateu o candidato, que em seguida repetiu: "Posso te pedir um favor? Vamos falar sobre São Paulo? Vamos parar de discutir religião?".
Em seguida, Russomanno fez críticas à situação da cidade e esquivou-se de responder novas perguntas do entrevistador, que o interrompeu ressaltando a importância das perguntas. "Senão não é uma entrevista, vira horário eleitoral", disse o jornalista.
Indagado se a Prefeitura teria verba para bancar a sua proposta de aumentar de cerca de 6 mil para 20 mil o efetivo da Guarda Civil Metropolitana que, de acordo com o entrevistador, custaria perto de R$ 1 bilhão ao ano, Russomanno discordou dos valores e reforçou a promessa de aumentar o número de guardas na Capital. "A Prefeitura de São Paulo está gastando com guarda particular, as pessoas são assaltadas em restaurantes, a obrigação do poder público é fazer segurança, e nós vamos fazer", argumentou.