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RSF questiona imprensa regional brasileira após morte

A Repórteres Sem Fronteiras ressaltou que o assassinato de Tulu e de um de seus seguranças evidencia a violência da campanha eleitoral

Arma Glock: o crime aconteceu a 100 metros do local em que foi morto, no dia 12 de fevereiro deste ano, o editor do mesmo "Jornal da Praça" (Spectrums/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 15h56.

Paris - A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) questionou nesta terça-feira o funcionamento de "muitos meios de comunicação regionais brasileiros" após o assassinato em plena campanha eleitoral do proprietário do "Jornal da Praça", Luis Henrique Georges, conhecido como Tulu.

Essa organização pela liberdade de imprensa ressaltou que o assassinato de Tulu e de um de seus seguranças, Neri Vera, no dia 4 de outubro, evidencia a violência da campanha eleitoral e "ressalta, mais uma vez, a elevada insegurança à qual a profissão jornalística está exposta em certas regiões do país".

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"O desenvolvimento desta campanha para as eleições municipais, cujo segundo turno acontecerá no próximo dia 28 de outubro, questiona também globalmente o funcionamento de muitos meios de comunicação regionais brasileiros, em propriedade de políticos e nos quais os jornalistas frequentemente se encontram expostos a ajustes de contas".

A RSF, que pediu às autoridades brasileiras que considerem a possibilidade de queima de arquivo, já que Georges havia dedicado um artigo desfavorável a um dos candidatos municipais de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, solicitou que haja uma "reflexão profunda" no Congresso Nacional.

O crime aconteceu a 100 metros do local em que foi morto, no dia 12 de fevereiro deste ano, o editor do mesmo "Jornal da Praça", Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, 51 anos, conhecido como Paulo Rocaro.

Com a morte de Luis Henrique Georges sobe para oito o número de profissionais de imprensa assassinados no Brasil desde o início do ano. Em três dos casos se estabeleceu uma relação com sua tarefa profissional.

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