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Rota de imigração ilegal para o Brasil se amplia

Agora, além de haitianos, têm entrado pela fronteira do estado com a Bolívia e o Peru imigrantes do Senegal, Bangladesh e República Dominicana

Haitianos moram em Brasileia no Acre: na semana passada, a Polícia Federal prendeu um haitiano suspeito de tentar traficar um menor de 14 anos para a Guiana Francesa. (Marcello Casal Jr./ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 12h40.

Brasília – A rota de imigração ilegal para o Brasil com entrada pelo Acre se ampliou nos últimos dias. Agora, além de haitianos, têm entrado pela fronteira do estado com a Bolívia e o Peru imigrantes do Senegal, Bangladesh e República Dominicana, por exemplo.

Das 1.100 pessoas que aguardam num abrigo em Brasileia (AC), 67 vieram desses três países. O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, disse à Agência Brasil que o governo federal tem que tomar providências para acabar com a situação. Ele lembrou que o abrigo tem capacidade para 250 pessoas.

Nesta semana, Mourão vai se reunir com o governador do estado, Tião Viana, para tratar do assunto. Na semana passada, Viana determinou a ele e outros dois secretários que realizassem um levantamento minucioso da entrada ilegal de estrangeiros no estado.

Em conversa com um senegalês que está no abrigo de Brasileia, Mourão disse que ele soube “por um amigo” que o Brasil estaria com suas fronteiras abertas. O africano, que deseja entrar no país com visto de refugiado, viajou para a Espanha e de lá seguiu para o Equador, de onde fez uma trilha junto com haitianos até Brasileia.

“Estamos enxugando gelo, não vamos [o governo do estado] suportar isso”, relatou o secretário. Ele disse, também, que já é possível constatar a presença de bebida alcoólica no abrigo, o que pode vir a ser um complicador a mais.


Na semana passada, a Polícia Federal prendeu um haitiano suspeito de tentar traficar um menor de 14 anos para a Guiana Francesa, onde os imigrantes ganham em euros. “O problema é que essa rota migratório se ampliou”, relatou o secretário de Justiça e Direitos Humanos.

O Acre, apesar de ser uma porta de entrada mais fácil para o país, não é a única. A Agência Brasil conversou com a representante da Pastoral da Mobilidade Humana de Tabatinga (AM), irmã Patrícia Licandro. Ela informou que de janeiro até abril pelo menos 600 haitianos ilegais atravessaram a fronteira pela Colômbia.

No Amazonas, ela destacou que a Polícia Federal tem realizado um trabalho rápido na concessão da licença provisória no país. Ela confirmou a existência, mesmo que em minoria, de grupos de imigrantes haitianos que apenas querem passar pelo Brasil com destino final para a Guiana Francesa.

Os haitianos que entram por Tabatinga “quase que diariamente”, em sua maioria imigram mediante pagamentos a ‘coiotes’, disse a irmã. Segundo ela, sete crianças haitianas estão em Manaus (AM) sob a guarda da Justiça Federal. A suspeita é que “tenham sido abandonadas” por outros imigrantes.

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Brasília – A rota de imigração ilegal para o Brasil com entrada pelo Acre se ampliou nos últimos dias. Agora, além de haitianos, têm entrado pela fronteira do estado com a Bolívia e o Peru imigrantes do Senegal, Bangladesh e República Dominicana, por exemplo.

Das 1.100 pessoas que aguardam num abrigo em Brasileia (AC), 67 vieram desses três países. O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, disse à Agência Brasil que o governo federal tem que tomar providências para acabar com a situação. Ele lembrou que o abrigo tem capacidade para 250 pessoas.

Nesta semana, Mourão vai se reunir com o governador do estado, Tião Viana, para tratar do assunto. Na semana passada, Viana determinou a ele e outros dois secretários que realizassem um levantamento minucioso da entrada ilegal de estrangeiros no estado.

Em conversa com um senegalês que está no abrigo de Brasileia, Mourão disse que ele soube “por um amigo” que o Brasil estaria com suas fronteiras abertas. O africano, que deseja entrar no país com visto de refugiado, viajou para a Espanha e de lá seguiu para o Equador, de onde fez uma trilha junto com haitianos até Brasileia.

“Estamos enxugando gelo, não vamos [o governo do estado] suportar isso”, relatou o secretário. Ele disse, também, que já é possível constatar a presença de bebida alcoólica no abrigo, o que pode vir a ser um complicador a mais.


Na semana passada, a Polícia Federal prendeu um haitiano suspeito de tentar traficar um menor de 14 anos para a Guiana Francesa, onde os imigrantes ganham em euros. “O problema é que essa rota migratório se ampliou”, relatou o secretário de Justiça e Direitos Humanos.

O Acre, apesar de ser uma porta de entrada mais fácil para o país, não é a única. A Agência Brasil conversou com a representante da Pastoral da Mobilidade Humana de Tabatinga (AM), irmã Patrícia Licandro. Ela informou que de janeiro até abril pelo menos 600 haitianos ilegais atravessaram a fronteira pela Colômbia.

No Amazonas, ela destacou que a Polícia Federal tem realizado um trabalho rápido na concessão da licença provisória no país. Ela confirmou a existência, mesmo que em minoria, de grupos de imigrantes haitianos que apenas querem passar pelo Brasil com destino final para a Guiana Francesa.

Os haitianos que entram por Tabatinga “quase que diariamente”, em sua maioria imigram mediante pagamentos a ‘coiotes’, disse a irmã. Segundo ela, sete crianças haitianas estão em Manaus (AM) sob a guarda da Justiça Federal. A suspeita é que “tenham sido abandonadas” por outros imigrantes.

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