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Rodrigo Maia prega paciência para consolidar candidatura eleitoral

Presidente da Câmara dos Deputados também criticou fim de propaganda partidária

Maia sobre a propagada política: "Tiramos de todos os partidos que têm pré-candidatos a condição de se apresentar para mais brasileiros de uma vez só" (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de abril de 2018 às 19h27.

O presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato do DEM à Presidência, Rodrigo Maia (RJ), avaliou nesta quinta-feira que o processo de consolidação de sua candidatura requer paciência e que ela só se consolidará bem mais à frente.

"É um processo com paciência, com a mesma paciência que eu sempre tive em todos os meus processos eleitorais", disse Maia em coletiva de imprensa após evento com investidores em São Paulo.

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"A gente vai construindo para chegar no momento adequado e infelizmente vai ser bem mais na frente do que todos nós gostaríamos, vai consolidar mais na frente a candidatura."

Na semana passada, uma fonte do DEM disse à Reuters que Maia estabeleceu um prazo até junho para definir sua situação e, até lá, tentará tornar a sua candidatura a mais viável do centro do campo político.

Questionado por jornalistas sobre quais candidatos vê como sendo de centro, Maia quis manifestar o que entende sobre centro.

"O centro não é um ambiente onde as pessoas deixem de pensar apenas para dizer 'sou de centro'. O Brasil introduziu a palavra centro, no meu ponto de vista, apenas para justificar, que o Bolsonaro está num canto e que o resto não está nesse canto", disse.

"(O centro) é onde a gente possa ter um ambiente de diálogo, para que a gente possa discutir a ideia de cada um e construir consensos", complementou o presidente da Casa.

Na avaliação de Maia, ainda, a decisão de acabar com a propaganda partidária na TV fora do período eleitoral, um dos pontos da minirreforma aprovada em outubro de 2017, torna o cenário mais incerto e gera atrasos no processo de consolidação de candidaturas.

"Do ponto de vista da economia de recursos para financiar o fundo eleitoral foi correto, mas do ponto de vista político, nós tiramos de todos os partidos que têm pré-candidatos ao governo e aos Estados a condição de se apresentar para mais brasileiros de uma vez só", disse.

Segundo Maia, em todos os processos eleitorais, desde a época do ex-presidente Fernando Collor de Mello, os programas eleitorais semestrais foram decisivos para a mudança de patamar de alguns candidatos.

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