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Rodovias têm 1,7 mil áreas de risco de exploração sexual

Mapeamento mostra que o Centro-Oeste concentra o maior número de pontos (398), enquanto o Nordeste tem maior quantidade de áreas críticas


	Trecho da rodovia em Salvador: pontos de risco são ambientes ou estabelecimentos às margens das rodovias ou próximos a elas
 (Edson Ruiz/Placar)

Trecho da rodovia em Salvador: pontos de risco são ambientes ou estabelecimentos às margens das rodovias ou próximos a elas (Edson Ruiz/Placar)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 19h14.

São Paulo - A Polícia Rodoviária Federal identificou 1.776 pontos de risco de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias do País. O mapeamento, realizado em 2011 e 2012, mostra que o Centro-Oeste concentra o maior número de pontos (398), enquanto o Nordeste tem maior quantidade de áreas críticas, ou seja, mais propensas à exploração.

Os pontos de risco são ambientes ou estabelecimentos às margens das rodovias ou próximos a elas. Segundo a PRF, esses locais possuem em geral a presença de adultos se prostituindo, pátios de pernoite de caminhoneiros, bares, motéis, falta de vigilância privada, aglomeração de veículos em trânsito e consumo de bebidas alcoólicas e drogas.

O estudo aponta que a Polícia Rodoviária retirou 3.812 crianças e adolescentes de áreas de risco de 2006 até hoje e prendeu 1.662 pessoas envolvidas em crimes contra menores de idade, seja por exploração, seja por outros crimes como abuso sexual e abandono de incapaz.

Pela pesquisa, os cinco Estados com maior número de locais vulneráveis (MG, PA, GO, SC, MT) possuem algumas das maiores malhas viárias. Juntos, somam 48% dos pontos de risco; 45,43% dos pontos concentram-se nos principais eixos rodoviários do País

A pesquisa aponta ainda que os pontos vulneráveis ocorrem com maior frequência nos corredores de escoamento de riquezas, estradas que ligam regiões mais desenvolvidas a outras menos desenvolvidas. A maioria dos pontos (65,8%) encontra-se em áreas urbanas. Nestes locais, o volume de veículos em circulação e a facilidade de interação entre vítimas e agressores prejudicam o trabalho de enfrentamento, diz a polícia.

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