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RJ: Decretada prisão de policiais por suspeita de receber propina

Juíza da 20ª Vara Criminal do Rio decretou a prisão preventiva de nove policiais militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE)

 (Rodrigo Soldon/Flickr)

(Rodrigo Soldon/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de junho de 2017 às 11h19.

Última atualização em 10 de junho de 2017 às 11h22.

Rio - A juíza Tula Mello, da 20ª Vara Criminal do Rio, decretou a prisão preventiva de nove policiais militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) do 16º BPM (Olaria). A pedido do Ministério Público do Rio (MPRJ) eles também tiveram a quebra dos sigilos bancário e fiscal determinada. Os policiais são acusados de terem recebido propina durante uma operação na Cidade Alta, na Zona Norte do Rio, na madrugada de 2 de maio.

São suspeitos os sargentos Anderson Nandler S. do Nascimento, Fábio Costa da Silva, Antônio Carlos da Cruz, Ricardo Justino Lopes de Medeiros, Marcelo Augusto Cardoso Pereira, Marcelo Theodoro Miranda, Gilmar Baptista dos Santos, André Luiz Ferreira da Silva e Janderson Pereira Anacleto.

De acordo com a denúncia dos promotores de Justiça Alexandre Themístocles e Eduardo Rodrigues Campos, Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP/MPRJ), quem denunciou o recebimento de propina pelos PMs foi um dos 45 traficantes preso durante a operação. Carlos Alberto de Assis Farias, o Cachoeira, revelou um acordo entre os policiais investigados, para que dessem apoio "na manutenção do terreno conquistado" pelo tráfico em troca de propina.

De acordo com o MPRJ, a declaração do traficante foi gravada por um policial que fazia sua escolta na unidade de saúde. Cachoeira fez a denúncia como retaliação por ter "tomado uma volta" dos policiais, já que pagou para ter apoio na retomada da comunidade, mas a PM prendeu 45 integrantes da facção e apreendeu 36 fuzis na operação realizada em maio.

Há suspeita de que os policiais também tenham recebido propina nas outras tentativas da facção de retomar o território, já que todas ocorreram quando o mesmo grupo estava em serviço. O dinheiro teria sido negociado com os policiais por um advogado da facção, diz o Ministério Público.

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