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Rio lança programa para ajudar jovens pobres com seu futuro

Dados mostram que 5,3 milhões jovens brasileiros entre 18 e 25 anos não trabalham nem estudam, sendo a maioria constituída de mulheres jovens pretas e pardas


	O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral: a previsão é contratar 553 psicólogos e assistentes sociais para identificar e traçar um plano para cada jovem
 (Elza Fiúza/ABr)

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral: a previsão é contratar 553 psicólogos e assistentes sociais para identificar e traçar um plano para cada jovem (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 19h56.

Rio de Janeiro - Preocupado com os jovens que não concluíram a educação básica e que não conseguem entrar no mercado de trabalho, o governo do estado do Rio criou um programa de R$ 167 milhões para identificá-los e incentivá-los, inclusive por meio de assistência psicológica. Lançado hoje (21), o Caminho Melhor Jovem atenderá a pessoas entre 15 e 29 anos moradores em áreas pacificadas.

Dados divulgados recentemente pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) mostram que 5,3 milhões jovens brasileiros entre 18 e 25 anos não trabalham nem estudam, sendo a maioria constituída de mulheres jovens pretas e pardas, quase todas com ao menos uma gravidez e ensino fundamental incompleto. Esses jovens integram a chamada geração nem nem, dos que nem trabalham nem estudam.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) emprestou R$ 118 milhões para a iniciativa, cujo objetivo é envolver 40 mil jovens em programas governamentais, cursos de capacitação, serviços e atividades de esporte e lazer em 20 comunidades, no prazo de quatros anos. O Caminho Melhor começa em de abril, nas comunidades Manguinhos, na zona norte, e Cidade de Deus, na zona oeste, e levará em conta as necessidades de cada localidade.

A previsão é contratar 553 psicólogos e assistentes sociais para identificar e traçar um plano para cada jovem. “O objetivo é acompanhar os jovens por um tempo, de maneira que se possa medir o impacto que eles vão sentir e ver como eles vão se desenvolver. Com a pacificação, eles precisam de oportunidades”, disse a representante do BID no Brasil, Daniela Carrera-Marquis.

A dirigente acredita que a melhoria de vida dos jovens por meio do projeto também vai influenciar suas famílias e a própria comunidade. “Eles pertencem a um grupo familiar e, à medida que avançam, vão exercer impacto à sua volta”, acrescentou Daniela. Pretende-se que os benefícios cheguem a 80 mil pessoas nas comunidades.

A articulação dos programas e ações será feita pelo secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do estado, Zaqueu Teixeira, para quem "é preciso entender quais são as verdadeiras dificuldades desses jovens e aplicar estratégias que os ajude a pensar em si e a ter protagonismo na construção de um projeto para sua própria vida".

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