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Rio deve ter 40 mil casos de covid-19 em até duas semanas, diz prefeitura

Rio registra 18 mil casos de coronavírus, enquanto Crivella fala em estudar reabertura, após reunião com Bolsonaro em Brasília

Rio de Janeiro: estado registra 32 mil casos e 3,4 mil mortes por covid-19 (Pilar Olivares/Reuters)

Rio de Janeiro: estado registra 32 mil casos e 3,4 mil mortes por covid-19 (Pilar Olivares/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 22 de maio de 2020 às 07h47.

Última atualização em 22 de maio de 2020 às 07h53.

Com 18 mil diagnósticos confirmados e 2,3 mil mortes até esta quinta-feira, a capital concentra a grande maioria dos 32 mil casos e 3,4 mil óbitos pela covid-19 no Estado do Rio. E a tendência é piorar – e muito: é o que aponta uma projeção considerada pela própria prefeitura no painel oficial da Secretaria municipal de Saúde, onde o avanço da doença é mapeado. De acordo com a estimativa do portal, em menos de duas semanas, a Cidade Maravilhosa deve ultrapassar a marca dos 40 mil infectados.

O gráfico, atualizado nesta quinta-feira, e baseado em informações do Instituto de Matemática da UFRJ, liderado pelo professor Heudson Mirandola, aponta que, já do dia 29 para o dia 30 de maio, há tendência de que seja diagnosticado um número próximo aos 2 mil casos confirmados por dia. Neste cenário, a marca dos 30 mil atingidos pela doença pode ser atingida do dia 28 para o dia 29 de maio. Entre os dias 2 e 3 de junho, esse número já ultrapassaria os 40 mil.

"Estudo de retomada"

Apesar dos números projetados, nesta quinta-feira o prefeito Marcello Crivella afirmou, após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, em Brasília, que submeterá ao "conselho científico" do município nesta sexta um plano elaborado com empresários para retomar principalmente o setor do comércio
e parte do setor de serviços do Rio de Janeiro, em meio à pandemia do novo coronavírus.

"Agora estamos no estudo da retomada. Se Deus quiser, nos próximos dias vamos começar a reabrir as coisas", declarou Crivella, na saída da reunião, realizada a convite de Bolsonaro, que pediu informações sobre a capital fluminense.

Ainda segundo o prefeito, a reabertura será escalonada "como todo lugar do mundo". Ele apontou que houve uma queda de 80% das aglomerações e do número de passageiros em ônibus na cidade, o que daria "sinais no horizonte que devemos voltar as atividades".

Também esta semana, o governador do estado, Wilson Witzel, declarou, durante a coletiva de apresentação do novo secretário de Saúde, Fernando Ferry, que pensa em iniciar a retomada do comércio em junho, com previsão de volta à plena normalidade em agosto.

Veja como estão distribuídos os casos confirmados em cada bairro da capital:

  • Copacabana — 860 casos
  • Campo Grande — 749 casos
  • Barra da Tijuca — 689 casos
  • Tijuca — 568 casos
  • Bangu — 503 casos
  • Botafogo — 417 casos
  • Realengo — 392 casos
  • Leblon — 340 casos

Cabe ressaltar que a prefeitura do Rio passou, no início desta semana, a não divulgar mais o número e o detalhamento sobre as mortes no município, como vinha fazendo. Na ferramenta, uma mensagem avisa que "as informações de óbitos estão sendo atualizadas".

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