Rio de Janeiro monta logística inédita para receber papa
Para a JMJ se prevê a chegada ao Rio de 800 mil turistas brasileiros e estrangeiros, entre os quais 300 mil jovens peregrinos
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2013 às 15h04.
Última atualização em 11 de outubro de 2016 às 11h43.
Rio de Janeiro- A visita que o papa Francisco fará ao Brasil na próxima semana para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) obrigou o Rio de Janeiro a montar uma logística semelhante à do Carnaval e um esquema de segurança tão ostentoso como o de uma Cúpula de vários chefes de Estado.
'Que o papa me desculpe a comparação, mas a organização da Jornada é comparável à de um Carnaval pelo número de participantes e de recursos necessários, assim como por seu impacto econômico na cidade', assegurou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
O Carnaval, a principal festa do Rio de Janeiro, mobiliza milhões de pessoas em centenas de desfiles durante quatro dias e atraem mais de meio milhão de visitantes, o que obriga as autoridades a montar uma sofisticada logística de transporte, segurança e atendimento em saúde.
Para a JMJ, que será realizada entre 22 e 28 de julho, se prevê a chegada ao Rio de 800 mil turistas brasileiros e estrangeiros, entre os quais 300 mil jovens peregrinos, a maioria dos quais desembarcará em pelo menos 10 mil ônibus fretados. Somados aos cariocas, os participantes da JMJ podem chegar a dois milhões de pessoas.
Em três das atividades da Jornada com a presença do pontífice se espera a participação de mais de um milhão de pessoas.
A Prefeitura prevê que 1,5 milhão de pessoas estejam na quinta-feira 25 de julho em cerimônia na qual os jovens cumprimentarão o papa e que um número similar vá no dia seguinte à via-sacra que será encenada no calçadão de Copacabana.
À missa campal do dia 28 de julho, com a qual Francisco encerrará a JMJ e que será realizada em um descampado na região de Guaratiba, se prevê a presença de quase 1,2 milhão de fiéis porque será em um local afastado do centro da cidade do Rio de Janeiro.
Segundo Paes, esses três eventos exigirão um esquema logístico e de segurança similar ao que o Rio de Janeiro monta em todos os dias 31 de dezembro para seu famoso Reveillon, festa que costuma atrair entre 1,5 e 2 milhões de participantes.
Para responder a essa maré de gente, o município, que declarou quatro dias de feriado, impedirá a circulação de ônibus fretados na cidade, reforçará o sistema de transporte público e bloqueará centenas de vias.
Além disso mobilizará milhares de policiais, socorristas, médicos e bombeiros, montou palcos e altares gigantescos, além de postos médicos, de acordo com o prefeito.
O esquema de segurança foi organizado pelo Ministério da Defesa e teve que ser reforçado após os protestos que sacudiram o Brasil em junho passado e pela decisão de Francisco de utilizar um 'papamóvel' aberto e sem blindagem em seus deslocamentos.
O plano inicial previa a mobilização de 12 mil militares e policiais tanto no Rio como em Aparecida do Norte, cidade paulista sede do maior santuário brasileiro e que o pontífice visitará na quarta-feira, mas esse número foi aumentado para cerca de 20 mil, entre os quais 14.600 membros das Forças Armadas.
Tal número supera a de 15 mil policiais e militares que foram responsáveis pela segurança durante a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, cúpula que reuniu em junho do ano passado no Rio de Janeiro cerca de 50 mil pessoas, entre as quais uma centena de chefes de Estado e de Governo.
'O papa não é apenas o líder espiritual da religião com maior número de fiéis no Brasil, o primeiro pontífice da América Latina e uma personalidade carismática que ganhou a admiração de milhões, mas também um chefe de Estado', justificou Paes.
As preocupações com a segurança aumentaram após os protestos por melhores serviços públicos que milhões de brasileiros protagonizaram em centenas de cidades em junho, alguns dos quais terminaram em conflitos entre policiais e manifestantes.
E já foram anunciadas algumas manifestações no Rio durante a visita do pontífice, entre as quais uma de um grupo de ateus e outra de uma organização que luta contra a suposta ideia de que as mulheres são responsáveis pelos abusos sexuais que sofrem.
O comandante da Primeira Divisão do Exército e responsável por todo o plano de segurança, general José Alberto da Costa Abreu, não descarta que sejam convocadas manifestações por grupos que defendem temas considerados tabus para a igreja, como o aborto, o uso de preservativos e o casamento de homossexuais. EFE
Rio de Janeiro- A visita que o papa Francisco fará ao Brasil na próxima semana para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) obrigou o Rio de Janeiro a montar uma logística semelhante à do Carnaval e um esquema de segurança tão ostentoso como o de uma Cúpula de vários chefes de Estado.
'Que o papa me desculpe a comparação, mas a organização da Jornada é comparável à de um Carnaval pelo número de participantes e de recursos necessários, assim como por seu impacto econômico na cidade', assegurou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
O Carnaval, a principal festa do Rio de Janeiro, mobiliza milhões de pessoas em centenas de desfiles durante quatro dias e atraem mais de meio milhão de visitantes, o que obriga as autoridades a montar uma sofisticada logística de transporte, segurança e atendimento em saúde.
Para a JMJ, que será realizada entre 22 e 28 de julho, se prevê a chegada ao Rio de 800 mil turistas brasileiros e estrangeiros, entre os quais 300 mil jovens peregrinos, a maioria dos quais desembarcará em pelo menos 10 mil ônibus fretados. Somados aos cariocas, os participantes da JMJ podem chegar a dois milhões de pessoas.
Em três das atividades da Jornada com a presença do pontífice se espera a participação de mais de um milhão de pessoas.
A Prefeitura prevê que 1,5 milhão de pessoas estejam na quinta-feira 25 de julho em cerimônia na qual os jovens cumprimentarão o papa e que um número similar vá no dia seguinte à via-sacra que será encenada no calçadão de Copacabana.
À missa campal do dia 28 de julho, com a qual Francisco encerrará a JMJ e que será realizada em um descampado na região de Guaratiba, se prevê a presença de quase 1,2 milhão de fiéis porque será em um local afastado do centro da cidade do Rio de Janeiro.
Segundo Paes, esses três eventos exigirão um esquema logístico e de segurança similar ao que o Rio de Janeiro monta em todos os dias 31 de dezembro para seu famoso Reveillon, festa que costuma atrair entre 1,5 e 2 milhões de participantes.
Para responder a essa maré de gente, o município, que declarou quatro dias de feriado, impedirá a circulação de ônibus fretados na cidade, reforçará o sistema de transporte público e bloqueará centenas de vias.
Além disso mobilizará milhares de policiais, socorristas, médicos e bombeiros, montou palcos e altares gigantescos, além de postos médicos, de acordo com o prefeito.
O esquema de segurança foi organizado pelo Ministério da Defesa e teve que ser reforçado após os protestos que sacudiram o Brasil em junho passado e pela decisão de Francisco de utilizar um 'papamóvel' aberto e sem blindagem em seus deslocamentos.
O plano inicial previa a mobilização de 12 mil militares e policiais tanto no Rio como em Aparecida do Norte, cidade paulista sede do maior santuário brasileiro e que o pontífice visitará na quarta-feira, mas esse número foi aumentado para cerca de 20 mil, entre os quais 14.600 membros das Forças Armadas.
Tal número supera a de 15 mil policiais e militares que foram responsáveis pela segurança durante a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, cúpula que reuniu em junho do ano passado no Rio de Janeiro cerca de 50 mil pessoas, entre as quais uma centena de chefes de Estado e de Governo.
'O papa não é apenas o líder espiritual da religião com maior número de fiéis no Brasil, o primeiro pontífice da América Latina e uma personalidade carismática que ganhou a admiração de milhões, mas também um chefe de Estado', justificou Paes.
As preocupações com a segurança aumentaram após os protestos por melhores serviços públicos que milhões de brasileiros protagonizaram em centenas de cidades em junho, alguns dos quais terminaram em conflitos entre policiais e manifestantes.
E já foram anunciadas algumas manifestações no Rio durante a visita do pontífice, entre as quais uma de um grupo de ateus e outra de uma organização que luta contra a suposta ideia de que as mulheres são responsáveis pelos abusos sexuais que sofrem.
O comandante da Primeira Divisão do Exército e responsável por todo o plano de segurança, general José Alberto da Costa Abreu, não descarta que sejam convocadas manifestações por grupos que defendem temas considerados tabus para a igreja, como o aborto, o uso de preservativos e o casamento de homossexuais. EFE