Reunião entre metroviários e governo termina sem acordo
O sindicato solicitou a reunião com o governo na Superintendência Regional do Trabalho e condicionou a volta ao trabalho à readmissão dos funcionários
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2014 às 20h02.
São Paulo - A reunião entre o Sindicato dos Metroviários de São Paulo e representantes do governo estadual terminou sem acordo sobre a revogação da demissão de 42 funcionários nesta segunda-feira, afirmou a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, no quinto dia de uma greve que provocou caos no transporte público da cidade, palco da abertura da Copa do Mundo.
O sindicato solicitou a reunião com o governo na Superintendência Regional do Trabalho e condicionou a volta ao trabalho à readmissão dos funcionários. Sem acordo, a categoria decidirá se mantém a greve em assembleia mais tarde nesta segunda-feira.
De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, "o movimento estava perdendo força", já que das 65 estações do metrô , 50 delas já estavam abertas e operando parcialmente.
Cerca de 4,5 milhões de pessoas utilizam o metrô na cidade. A Justiça do Trabalho julgou a paralisação ilegal no domingo, mas o Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu pela manutenção da greve em assembleia realizada no mesmo dia.
O desembargador Rafael Pugliese, do Tribunal Regional do Trabalho, definiu o reajuste salarial de 8,7 por cento para a categoria, que reivindica um aumento de 12,2 nos salários.
Na mesma decisão, a Justiça determinou o retorno imediato ao trabalho, sob pena de 500 mil reais de multa diária.
Mais cedo nesta segunda-feira, a tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo entrou em confronto com grevistas que realizavam um piquete na estação Ana Rosa, na zona sul da capital.
Uma avenida chegou a ser bloqueada com lixo queimado, e a polícia usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para liberar o acesso à estação, considerada um dos nervos centrais do sistema. Quatorze metroviários chegaram a ser levados para a delegacia.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, havia apelado na noite de domingo pelo retorno dos metroviários ao trabalho, sob risco de demissão.
"Não tem mais discussão, ela (a greve) é absolutamente abusiva e ilegal", disse Alckmin em coletiva de imprensa no domingo.
"Eu quero aqui fazer uma convocação para que o metroviários voltem. O dissídio já foi decidido e o dissídio não se discute", acrescentou o governador.
"Quero deixar claro aqui que quem não for trabalhar incorre na possibilidade de demissão por justa causa", disse.
O presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), Paulo Pasim, disse à Reuters na estação Ana Rosa, na manhã desta segunda-feira, que pretendem reabrir a negociação com o governo.
"Nossa questão não é a Copa, não queremos prejudicar a população, inclusive oferecemos a alternativa da catraca livre, que o governo não aceitou", disse Pasim.
A Prefeitura de São Paulo manteve a suspensão do rodízio de carros, e a capital paulista registrava cerca de 150 km de lentidão no início da noite.
Os ônibus mantiveram o reforço de frota, informou a SPTrans, mas imagens de TV mostram grandes filas para embarcar nos coletivos que passam lotados.
"Estou indo para o trabalho, já tinha que estar lá, mas não vou chegar, vou procurar alternativas, a greve atrapalha todo mundo. É o caos", disse o serralheiro José Mario dos Santos, que tentava embarcar no metrô pela manhã em uma estação da zona sul para ir ao trabalho.
Apenas duas das cinco linhas de metrô de São Paulo funcionaram normalmente nesta manhã, enquanto as outras três operaram parcialmente, atendendo a poucas estações.
"Todo dia estou sendo afetado, tenho feito baldeações de van e ônibus, mas rápido mesmo é o metrô", disse o auxiliar de escritório Djalma Melo, que tentava chegar ao trabalho no centro. Apesar dos transtornos, ele afirmou concordar com o movimento dos metroviários. "Acho que tem que se fazer alguma coisa para melhorar o transporte", disse.
A três dias do jogo de abertura da Copa do Mundo entre Brasil e Croácia, marcado para a Arena Corinthians, na zona leste de São Paulo, a Fifa mantém a orientação aos torcedores de usarem o metrô para acessar o estádio.
No Rio, antes do fim da reunião que terminou sem acordo, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que a greve não será um problema para o torcedor chegar ao estádio.
O metrô é o principal acesso à Arena Corinthians, construída na zona leste da capital paulista, e a greve, que começou na semana passada, causaria grandes transtornos no dia da abertura do Mundial, caso se mantenha.
“Tenha paciência que o problema vai ser resolvido (até a abertura)”, disse Aldo à Reuters no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira. “Não entre em desespero porque o problema vai ser resolvido”, acrescentou.
São Paulo - A reunião entre o Sindicato dos Metroviários de São Paulo e representantes do governo estadual terminou sem acordo sobre a revogação da demissão de 42 funcionários nesta segunda-feira, afirmou a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, no quinto dia de uma greve que provocou caos no transporte público da cidade, palco da abertura da Copa do Mundo.
O sindicato solicitou a reunião com o governo na Superintendência Regional do Trabalho e condicionou a volta ao trabalho à readmissão dos funcionários. Sem acordo, a categoria decidirá se mantém a greve em assembleia mais tarde nesta segunda-feira.
De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, "o movimento estava perdendo força", já que das 65 estações do metrô , 50 delas já estavam abertas e operando parcialmente.
Cerca de 4,5 milhões de pessoas utilizam o metrô na cidade. A Justiça do Trabalho julgou a paralisação ilegal no domingo, mas o Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu pela manutenção da greve em assembleia realizada no mesmo dia.
O desembargador Rafael Pugliese, do Tribunal Regional do Trabalho, definiu o reajuste salarial de 8,7 por cento para a categoria, que reivindica um aumento de 12,2 nos salários.
Na mesma decisão, a Justiça determinou o retorno imediato ao trabalho, sob pena de 500 mil reais de multa diária.
Mais cedo nesta segunda-feira, a tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo entrou em confronto com grevistas que realizavam um piquete na estação Ana Rosa, na zona sul da capital.
Uma avenida chegou a ser bloqueada com lixo queimado, e a polícia usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para liberar o acesso à estação, considerada um dos nervos centrais do sistema. Quatorze metroviários chegaram a ser levados para a delegacia.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, havia apelado na noite de domingo pelo retorno dos metroviários ao trabalho, sob risco de demissão.
"Não tem mais discussão, ela (a greve) é absolutamente abusiva e ilegal", disse Alckmin em coletiva de imprensa no domingo.
"Eu quero aqui fazer uma convocação para que o metroviários voltem. O dissídio já foi decidido e o dissídio não se discute", acrescentou o governador.
"Quero deixar claro aqui que quem não for trabalhar incorre na possibilidade de demissão por justa causa", disse.
O presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), Paulo Pasim, disse à Reuters na estação Ana Rosa, na manhã desta segunda-feira, que pretendem reabrir a negociação com o governo.
"Nossa questão não é a Copa, não queremos prejudicar a população, inclusive oferecemos a alternativa da catraca livre, que o governo não aceitou", disse Pasim.
A Prefeitura de São Paulo manteve a suspensão do rodízio de carros, e a capital paulista registrava cerca de 150 km de lentidão no início da noite.
Os ônibus mantiveram o reforço de frota, informou a SPTrans, mas imagens de TV mostram grandes filas para embarcar nos coletivos que passam lotados.
"Estou indo para o trabalho, já tinha que estar lá, mas não vou chegar, vou procurar alternativas, a greve atrapalha todo mundo. É o caos", disse o serralheiro José Mario dos Santos, que tentava embarcar no metrô pela manhã em uma estação da zona sul para ir ao trabalho.
Apenas duas das cinco linhas de metrô de São Paulo funcionaram normalmente nesta manhã, enquanto as outras três operaram parcialmente, atendendo a poucas estações.
"Todo dia estou sendo afetado, tenho feito baldeações de van e ônibus, mas rápido mesmo é o metrô", disse o auxiliar de escritório Djalma Melo, que tentava chegar ao trabalho no centro. Apesar dos transtornos, ele afirmou concordar com o movimento dos metroviários. "Acho que tem que se fazer alguma coisa para melhorar o transporte", disse.
A três dias do jogo de abertura da Copa do Mundo entre Brasil e Croácia, marcado para a Arena Corinthians, na zona leste de São Paulo, a Fifa mantém a orientação aos torcedores de usarem o metrô para acessar o estádio.
No Rio, antes do fim da reunião que terminou sem acordo, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que a greve não será um problema para o torcedor chegar ao estádio.
O metrô é o principal acesso à Arena Corinthians, construída na zona leste da capital paulista, e a greve, que começou na semana passada, causaria grandes transtornos no dia da abertura do Mundial, caso se mantenha.
“Tenha paciência que o problema vai ser resolvido (até a abertura)”, disse Aldo à Reuters no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira. “Não entre em desespero porque o problema vai ser resolvido”, acrescentou.