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Reunião entre manifestantes e comando da PM no RJ não tem acordo

O encontro contou com a participação do MP e reuniu cerca de 40 pessoas, incluindo esposas de policiais que bloqueiam a porta de batalhões no estado,

Protesto de familiares da Polícia Militar do Rio de Janeiro; RJ; PM (Reuters)

Protesto de familiares da Polícia Militar do Rio de Janeiro; RJ; PM (Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 11 de fevereiro de 2017 às 19h33.

Terminou sem acordo reunião entre o comando da Polícia Militar do Rio e mulheres de policiais, na tarde de hoje (11), no quartel-general da corporação. O encontro contou com a participação do Ministério Público (MP) e reuniu cerca de 40 pessoas, incluindo esposas de policiais que bloqueiam, desde ontem (10) a porta de diversos batalhões no estado, impedindo a saída de viaturas e de efetivo para a rua.

Na saída da reunião, que durou cerca de três horas, algumas mulheres falaram com a imprensa sobre o que foi tratado e disseram que não houve acordo sobre elas deixarem os batalhões. "Não houve negociação. Eles não podem resolver os nossos problemas. Precisamos de medidas urgentes, de uma pauta que funcione para os nossos policiais, porque eles estão sofrendo todos os dias. O nosso movimento não vai parar", disse Cristiane, esposa de um policial. Ela não forneceu o sobrenome.

Outra participante da reunião disse que as demandas não são apenas de salário, mas também de condições de trabalho. "Dinheiro não é tudo. Precisa de condições de trabalho nas ruas. Um armamento que tenha uma manutenção decente, porque todos os dias morrem policiais porque não têm um fuzil que funciona, as viaturas não são blindadas. A escala de trabalho é surreal. Enquanto isso não acontecer, o movimento não vai parar. Vamos continuar nas portas dos batalhões", disse Veronica Nunes.

Ela denunciou que está havendo represálias contra os policiais, pois estão sendo anotadas as placas dos carros que as esposas utilizam e alguns militares estariam, inclusive, sendo presos. "Têm maridos que estão sendo presos e punidos, porque a gente está indo de carro para os batalhões, os coronéis estão anotando as placas e vendo quem são os donos", disse Veronica.

Por meio de nota, a corporação informou que o comandante da PM, coronel Wolney Dias, se apresentou como o interlocutor formal com o governo do estado e comprometeu-se a estudar a viabilidade das reivindicações que competem à Polícia Militar, tais como escalas, melhores condições de trabalho e atendimento médico. Segundo o comunicado, ficou acertado que será agendada uma nova reunião, desta vez, com a presença de um representante do governo fluminense.

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