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Retirada do avião será feita por empresa particular

A operação de resgate será mais complexa do que se supunha, segundo o Cenipa

Retirada do avião será feita por empresa privada (Bruno Kelly/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de janeiro de 2017 às 16h32.

Rio - Uma empresa particular será responsável pelo resgate dos destroços do avião que caiu no mar na quinta-feira (19), a menos de dois quilômetros de Paraty, no Rio, matando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e mais quatro pessoas.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Aeronáutica responsável pela principal investigação sobre as causas do acidente, fez as primeiras intervenções e constatou que a operação de resgate será mais complexa do que se supunha.

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"Nossa primeira missão sempre é resgatar as vítimas, o que concluímos ontem (sexta, 20). A segunda prioridade é encontrar o gravador de voz, o que também já fizemos, e a terceira é estabilizar a aeronave, evitando que as condições para a retirada dela piorem", contou o tenente-coronel aviador Edson Amorim Bezerra, responsável pela investigação sobre a queda do avião.

"Ontem (20) instalamos boias e fizemos a amarração do aparelho, que está ancorado. Por conta das boias e do movimento da maré, hoje (21) o avião flutuou totalmente, perdendo o contato com o fundo do mar", contou Bezerra.

"Durante essa operação verificamos que a retirada do avião será complexa, porque ele está num local muito raso, onde a profundidade é de apenas três metros", afirmou.

"Se fosse uma operação simples, a própria Aeronáutica faria o resgate. Poderíamos usar um navio que está perto e a Petrobras nos ofereceu, mas ele não chega no local onde o avião está, devido à profundidade. Nesses casos é preciso contratar uma empresa especializada, e cabe ao dono do avião arcar com o custo. A seguradora já contratou uma firma sediada no Rio, cujos agentes devem chegar a Paraty ainda na tarde deste sábado (21). A empresa vai estudar o caso, montar um plano de retirada que será submetido à Marinha e ao Cenipa e então o resgate será feito", explicou o responsável pela investigação.

Por enquanto a operação de resgate da aeronave está parada e não há prazo para que ela seja retomada.

A retirada efetiva pode demorar dias. Enquanto isso, a Marinha vigia a área ao redor de onde o avião está e impede a navegação nesse trecho.

Quando o avião for resgatado, será encaminhado para a Base Aérea do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Segundo o tenente-coronel, o gravador que registra as conversas do piloto foi encaminhado para Brasília, onde seu conteúdo será analisado. Ele diz ainda não poder avaliar qual é a causa mais provável da queda. "Estamos numa etapa preliminar, seria muito prematuro dizer qualquer coisa", afirmou.

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