Brasil

Resultado da votação traz mais estabilidade ao país, diz ministro

Para Marco Aurélio Mello, do STF, a alternância no poder "deve ocorrer com o exaurimento do mandato, de quatro em quatro anos"

Marco Aurélio: "A essa altura precisamos nos preocupar com o Brasil" (STF/Divulgação)

Marco Aurélio: "A essa altura precisamos nos preocupar com o Brasil" (STF/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 19h04.

Brasília - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira, 3, que a decisão da Câmara dos Deputados de rejeitar a autorização para que o STF julgue a denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer foi "estritamente política". Na avaliação do ministro, o resultado da votação na Câmara traz mais estabilidade ao país.

"É o sistema e foi uma decisão estritamente política. A essa altura precisamos nos preocupar com o Brasil, com a correção de rumos, com o saneamento da situação econômico-financeira que reflete no social, com o desemprego em massa. Essa é que deve ser a preocupação maior", disse o ministro a jornalistas, depois da sessão plenária do STF.

"(A decisão da Câmara) Traz, sem dúvida alguma, mais estabilidade ao país. É hora de nós pensarmos no país, é hora de nós pensarmos nos cidadãos em geral", completou.

Para o ministro, a alternância no poder "deve ocorrer com o exaurimento do mandato, de quatro em quatro anos".

O ministro considerou ruim "em termos de amadurecimento da democracia" a troca de presidentes, ao ser questionado sobre o fato de Dilma Rousseff (PT) e Fernando Collor (PTC) não terem concluído seus respectivos mandatos.

"(Isso) Revela insegurança e isso é péssimo, inclusive no tocante à repercussão internacional", comentou Marco Aurélio.

Mais cedo, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, foi na mesma linha e disse que a decisão dos deputados traz estabilidade para o país.

"Isso é uma questão da competência da Câmara. O sistema de 'checks and balances' (sistema de freios e contrapesos) está funcionando", disse Gilmar Mendes a jornalistas, depois da sessão plenária do TSE nesta manhã.

Indagado pela reportagem se a decisão da Câmara traz estabilidade, Gilmar foi enfático: "Com certeza. Essas questões têm de ser definidas, porque isso gera instabilidade".

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCrise políticaGoverno TemerJBSMichel TemerPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

SP ainda tem 36 mil casas sem energia neste domingo

Ponte que liga os estados de Tocantins e Maranhão desaba; veja vídeo

Como chegar em Gramado? Veja rotas alternativas após queda de avião

Vai viajar para São Paulo? Ao menos 18 praias estão impróprias para banho; veja lista